Luanda - A presidente do Fórum dos Parlamentos da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (FP- CIRGL), Jemma Nunu Kumba, ressaltou esta segunda-feira, em Luanda, a capacidade de resiliência do povo angolano na conquista da paz definitiva no país.
Jemma Nunu Kumba, igualmente presidente do parlamento do Sudão do Sul, enfatizou a necessidade desta nação mais nova do mundo contar com a experiência de Angola para fortalecer o acordo de paz em vigor naquele país.
A líder do FP-CIRGL, que efectua uma visita de trabalho de cinco dias ao país, falava durante um encontro com uma delegação da Assembleia Nacional, chefiada pela sua presidente, Carolina Cerqueira.
"Estamos aqui para aprender como parlamento e governo, no que podemos fazer para fortalecer o acordo de paz que estamos a implementar no Sudão do Sul", assinalou, manifestando satisfação por ver que Angola, que enfrentou um conflito armado de longos anos, está estável.
Jemma Nunu Kumba reconheceu que o povo angolano decidiu trabalhar em conjunto para resolver as suas divergências políticas e acelerar o desenvolvimento do seu país, frisando ser este um aspecto importante que o Sudão do Sul devia aprender.
Durante o encontro, parabenizou Carolina Cerqueira, por ser a primeira mulher a liderar o parlamento angolano.
Por seu turno, Carolina Cerqueira, acompanhada por representantes de partidos políticos com assento parlamentar (MPLA, UNITA, PRS, FNLA e PHA) e pela presidente do grupo de mulheres parlamentares, destacou o "considerável" equilíbrio do género e representatividade expressiva da juventude no parlamento nesta legislatura.
Do universo dos 220 deputados da Assembleia Nacional, 83 são mulheres, representando 38,6 por cento. A média etária de jovens deputados nessa Legislatura ronda os 25 a 40 anos.
O Sudão do Sul, localizado no Nordeste de África, conquistou a sua independência a 9 de Julho de 2011, após a realização de um referendo, constituindo a nação mais jovem do mundo.
Após a conquista da Independência, o país mergulhou numa guerra de cinco anos e, em 2018, foi assinado um acordo de formação de um governo de transição e unidade nacional, válido por três anos, mas alargado para mais dois anos.
O governo de transição vai implementar o roteiro até à realização das eleições gerais. DC/OHA