Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, afirmou este sábado, em Luanda, que o Executivo angolano tem feito tudo em termos de políticas para criar um bom ambiente de negócios, a fim de atrair investimento privado directo estrangeiro e incentivar a banca e o sector empresarial privado a fazerem a sua parte.
“Os resultados ainda são tímidos, precisamos de maior ousadia, que os empresários aceitem correr o risco inerente a qualquer negócio”, disse João Lourenço na reunião com o Conselho Económico e Social, órgão de consulta do Presidente da República.
Segundo o Presidente, o executivo está a dar todo o apoio à agricultura familiar e, como resultado disso, muito do que “consumimos vem da agricultura familiar de praticamente todos os municípios do país”.
“Queremos também ver aumentar a produção de alimentos das pequenas e médias empresas. Encorajamos todos aqueles que se dedicam seriamente na produção de grãos, de milho, feijão, soja, arroz, sorgo e trigo, na produção de aves e de ovos, de caprinos e suínos, de bovinos para alcançarmos a autossuficiência alimentar”, realçou.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado disse que o Executivo abriu linhas de financiamento para o fomento da produção de grãos, de carne e de peixe e outros produtos do mar, oportunidade que deve ser aproveitada pelo sector empresarial privado angolano.
Referiu que o país está a fazer um grande esforço para aumentar a oferta de água e energia para as populações, mas também para as empresas e para o fomento da indústria nacional.
Anunciou que se vai apostar na construção de milhares de quilómetros de linhas de transporte da energia produzida no baixo Kwanza pelas barragens hidroeléctricas de Capanda, Laúca e Caculo Cabaça quando ficar concluída, para alimentar todo o país em energía.
Adiantou que estão projectadas as linhas Malange-Xá Muteba-Saurimo-Dundo, Gove-Matala, Gove-Menongue, Belém do Huambo-Lubango-Moçamedes-Tômbua, para as quais serão mobilizados os recursos que forem necessários, por se tratar de uma prioridade para o desenvolvimento económico e social do país.
Por outro lado, João Lourenço falou da necessidade de diversificar a economia, aumentar consideravelmente a produção de bens e de serviços e diversificar e aumentar as fontes de arrecadação de divisas, para se enfrentar o momento actual que a todos preocupa.
“Não nos podemos conformar com a nossa realidade de excessiva dependência das receitas de exportação de petróleo bruto, em 48 anos de independência nacional e 21 anos de paz efectiva”, realçou.
Neste sentido, o Presidente João Lourenço disse que se precisa alargar o leque de produtos de exportação, de preferência manufacturados, com valor acrescentado para vender a melhor preço e garantir emprego local, sobretudo para a juventude. OHA/ADR