Benguela – O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou, esta quarta-feira, em Benguela, um investimento de 600 milhões de dólares adicionais para a expansão da infra-estrutura agrícola, construção de redes móveis de alta velocidade e continuar a reformar o Caminho de Ferro do Lobito.
Biden falava na Cimeira Multilateral sobre o Corredor do Lobito, última etapa da sua visita de três dias a Angola.
Afirmou que os Estados Unidos compreendem a importância de investir em África e a Parceria para Infra-estrutura Global e Investimento (PGI) tem esse objectivo.
Em relação ao Corredor do Lobito, Biden lembrou que há meses a República Democrática do Congo enviou o primeiro carregamento de cobre, uma viagem que antes levava 45 dias para chegar aos Estados Unidos e agora leva menos do que 45 horas, pelas mudanças realizadas.
“A minha mensagem é muito clara, simples, continuemos em frente. Eu disse que os Estados Unidos iriam investir 4 biliões de dólares ao redor do Corredor de Lobito, não estamos sozinhos nessa empreitada, colectivamente esse grupo aplica mais de seis biliões de dólares de investimentos do sector público e privado”, frisou.
Segundo Biden, não são só investimentos na região, mas também no futuro de todos, pois os mineiros críticos, necessários para semicondutores e veículos eléctricos podem ser encontrados aqui, tal como a energia limpa, necessária para fornecer energia eléctrica aos centros de inteligência artificial.
O estadista norte-americano realçou o trabalho até então desenvolvido e a importância deste corredor, referindo que todos os investimentos nesta via foram projectados para ter um alto impacto e cumprir com os padrões mais altos para os trabalhadores, o meio ambiente e a comunidade.
Referiu-se a negócios que estão a ser desenvolvidos ao longo do corredor em 5G, painéis solares e pontes de aço, entre outros.
“Queria muito que todo mundo visse o que eu vi hoje, trilhos da linha férrea que vai constituir a primeira via férrea transcontinental em África, vagões que vão encurtar horas a viagem, silos, celeiros que vão transformar a região de importadores de grãos em exportadores”, disse o chefe de Estado que antes visitou a unidade fabril do grupo Carrinho, das maiores do país. ART