Washington (Dos enviados especiais) – A Cimeira de Líderes EUA-África encerrou-se na noite de quinta-feira, em Washington, capital dos Estados Unidos da América, com o compromisso renovado de uma parceria cada vez mais estratégica e mutuamente vantajosa.
O evento permitiu avanços significativos na cooperação entre americanos e africanos, que resultaram, em 2021, num "saldo" de USD 18 biliões, fruto de 800 acordos bilaterais de comércio e investimento.
Segundo o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o montante é fruto de parcerias estratégicas entre empresas americanas e africanas do sector privado, de 47 países africanos.
"Se voltar para 2021, o nosso governo ajudou a fechar mais de 800 acordos bilaterais de comércio e investimento em 47 países africanos, no valor de USD 18 biliões. Durante a cúpula desta semana, o Presidente Biden anunciou mais de USD 15 bilhões em novos negócios", disse.
Conforme o governante, que falava em conferência de imprensa de balanço da Cimeira de 2022, os USD 15 biliões serão investidos nos próximos três anos, no quadro dessa parceria, sublinhando que estão a investir bastantes recursos para as prioridades compartilhadas.
Explicou que o Fórum Económico, um dos eventos mais importantes da cimeira, reuniu responsáveis de mais de trezentas companhias africanas e americanas, chefes de cinquenta e duas delegações, o que permitiu novas conexões e oportunidades de investimento.
Anunciou que, no quadro da parceria, os EUA pretendem trabalhar com o Congresso para investir USD mais de 350 milhões numa nova iniciativa de transformação digital com África.
Disse que o seu país oferece aos seus parceiros africanos investimentos transparentes, de alta qualidade e sustentáveis para o planeta, que ajudem a empoderar as comunidades locais.
Afirmou que os EUA não pretendem ditar as escolhas de África, cabendo aos estados do continente definir em que sectores pretendem criar parcerias e obter investimentos.
“Trabalharemos incansavelmente para expandir as suas escolhas, e os acordos e investimentos que fizemos esta semana mostram que, quando os governos, empresas e comunidades africanas tiverem a opção de fazer parcerias, eles aceitarão”, expressou.
Sublinhou que, no quadro da sua estratégia para África, os EUA também se comprometem a ajudar os seus parceiros a recuperarem da devastação causada pela Covid-19 e da crise de segurança alimentar global e sem precedentes.
Quanto à área de segurança da saúde, informou que o seu país forneceu, gratuitamente, 231 milhões de doses de vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19 em África.
Ainda assim, informou, o Presidente Biden comprometeu-se a investir pelo menos USD 4 biliões até 2025, para ajudar os países africanos a treinar e equipar profissionais de saúde para atender às necessidades dos cidadãos dos seus respetivos países.
Sobre a questão da insegurança alimentar, disse que forneceram mais de USD 11 biliões, em 2021, para combater a fome global e melhorar a nutrição, grande parte dessa assistência destinada aos países africanos, que foram afectados desproporcionalmente pela fome.
Afirmou que os EUA estão comprometidos a fomentar a transição energética, para satisfazer as necessidades dos países, com fontes de energia acessíveis.
Afirmou que a Cimeira deste ano permitiu construir novas pontes e avançar em diferentes domínios prioritários, sublinhando tudo farão para os países africanos poderem participar em todas as mesas onde houver debates sobre questões relevantes.
Disse que os EUA se propõem a expandir oportunidades económicas em África, estando disponíveis para trabalhar com parceiros africanos para realizar a promessa da democracia.
“Estamos amplamente empenhados com o futuro de África, um futuro partilhado com os Estados Unidos da América, pelo que essa parceria é mais importante do que nunca”, referiu.