Washington (Do enviado especial) - O governo angolano assinou na quinta-feira, em Washington DC, os Acordos Artemis, da NASA, que estabelecem uma série de regras para a exploração lunar, anunciou a Casa Branca.
Os Acordos Artemis, liderados pela NASA, descrevem uma visão compartilhada de princípios baseados no Tratado do Espaço Exterior de 1967, para criar um ambiente seguro e transparente.
Trata-se de acordos que promovem uma visão comum da exploração espacial "para o benefício de toda a humanidade", em que os EUA e os seus parceiros no Artemis estabeleceram a meta de explorar a Lua e, porteriormente, viajar a Marte.
O Programa Artemis foi desenvolvido para aplicar um compromisso de longa data com actividades seguras e sustentáveis.
Os primeiros países africanos a aderir aos acordos, um quadro multilateral estabelecido por iniciativa dos EUA, com a participação de muitos outros estados, foram a Nigéria e o Rwanda, em Dezembro de 2022.
Segundo o comunicado, a propósito da visita de trabalho do Presidente angolano, João Lourenço, à Casa Branca, além da adesão aos Acordos Artemis, Angola aderiu também à "Parceria para a Cooperação Atlântica".
De acordo com o comunicado do governo norte-americano, os "líderes comprometeram-se a aumentar a parceria em questões que definem o futuro partilhado" de ambos os países, incluindo o "fortalecimento da democracia, a produção e exportação de energia e a cooperação espacial".
Os dois Chefes de Estado saudaram ainda o lançamento de um Diálogo de Segurança Energética EUA-Angola em 2024, centrado no fornecimento seguro e estável de energia e em laços comerciais mais profundos, ao mesmo tempo que abordaram objectivos climáticos partilhados.
O Presidente Joe Biden reuniu-se com o Presidente João Lourenço na Casa Branca para abordar oportunidades para aprofundar o seu relacionamento, identificar áreas de cooperação futura e discutir desafios regionais e globais.
Conforme a Casa Branca, juntos, discutiram o investimento económico significativo dos EUA em Angola, nomeadamente através da emblemática Parceria para Infra-estruturas e Investimento Global (PGI) do Presidente Biden no Corredor do Lobito, com mais de USD mil milhões em financiamento dos EUA comprometidos só este ano.
Estes investimentos incluem o apoio a mais de 180 pontes rurais, a modernização da conectividade digital 4G e 5G em todo o país, a introdução da primeira aplicação de dinheiro móvel e o fornecimento de 500 megawatts de energia solar à rede, com um bilião adicional mobilizado para o maior investimento ferroviário no mundo.
Estes investimentos também contribuirão para o objectivo de Angola de se tornar um exportador líquido de alimentos até 2027 e de reforçar a segurança alimentar regional, salienta o comunicado.
O Presidente Biden e o Presidente Lourenço comprometeram-se a aumentar a parceria em questões que definem o nosso futuro partilhado, incluindo o fortalecimento da democracia, a produção e exportação de energia e a cooperação espacial, realça o documento.
Acrescenta que, para o efeito, os líderes saudaram o lançamento de um Diálogo de Segurança Energética EUA-Angola em 2024, centrado no fornecimento seguro e estável de energia e em laços comerciais mais profundos, ao mesmo tempo que avançamos nos nossos objectivos climáticos partilhados.
A propósito do encontro, o Presidente Biden felicitou o seu homólogo João Lourenço pela assinatura dos Acordos Artemis, que "promove uma visão comum da exploração espacial para o benefício de toda a humanidade, e por aderir à Parceria para a Cooperação Atlântica".
Na sua conta do Instagram, Joe Biden manifestou-se ainda "orgulhoso" por ter recebido em audiência o Presidente João Lourenço, na Casa Branca, um encontro considerado histórico, que pode alavancar o desenvolvimento de Angola. ELJ