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Liderança de João Lourenço na UA eleva prestígio político do país

     Política              
  • Cunene • Sexta, 24 Janeiro de 2025 | 18h26
Presidente da República, João Lourenço (Arquivo)
Presidente da República, João Lourenço (Arquivo)
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Ondjiva - A presidência da União Africana (UA) pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, vai garantir um prestígio político e diplomático ao país, com desafios ligados à segurança e ao desenvolvimento económico do continente, afirmaram especialistas, esta sexta-feira, no Cunene.

Angola assume pela primeira vez, no próximo mês de Fevereiro, em substituição da Mauritâni, a liderança da União Africana (UA), num ano em que celebra 50 anos da sua independência, alcancada em 11 de Novembro de 1975.

Em declarações à ANGOP, o professor e especialista em Relações Internacionais Neuro de Freitas disse que, apesar de ser uma presidência rotativa, é um marco “impar” para a história da diplomacia angolana e, de modo particular, para a construção do perfil político do Presidente João Lourenço.

Salientou que, ao assumir a presidência da UA, o país terá de desenpenhar o papel de mediador de um continente mergulhado em muitos problemas sociais, da democracia, direitos humanos, corrupção, desenvolvimento sustentável, paz e segurança.

Apontou ainda os desafios ligados aos golpes de Estado, sobretudo na África francófona, tráfico de seres humanos e das migrações, que têm sido recorrentes e com consequências devastadoras. 

Neuro de Freitas afirmou que Angola, ao longo do tempo, alcançou um perfil importante em matéria de paz e segurança, fruto das experiências demonstradas em diferentes organizações continental e países onde deu o seu contributo por via do diálogo.

“Angola tem um papel exemplar em matérias de democracia, desenvolvimento e sustentabilidade, que deve servir de exemplo para outros países do continente” , enfatizou.

Considerou acertada a escolha do diálogo como ferramenta importante para a resolução dos conflitos no continente, que não deve depender única e exclusivamente de Angola, mas de todos os seus intervenientes.

Para o politólogo Ismael Alfredo, a presidência de Angola irá contribuir para melhorar a sua imagem e influência no continente, onde as nações africanas precisam de superar vários problemas de inclusão social, conflitos militares e políticos.

Enfatizou que esta liderança constitui uma oportunidade para que tenha uma África mais pacífica e desenvolvida.

Ismael Alfredo sublinhou que os grandes desafios desta liderança estão relacionados como as questões internas, a estabilidade política e os conflitos resultantes dos golpes de Estados e dos pleitos eleitorais, com particularidade para a situação na República Democrática do Congo (RDC).

Sobre a RDC, disse ser um assunto do domínio do Presidente João Lourenço, por ser o facilitador das negociações entre o Governo congolês e os rebeldes do M23, entre outros grupos.

Destacou ainda a necessidade da sustentabilidade económica dos mais diversos países, a exemplo de Angola que optou pelo desenvolvimento económico, com o projecto do Corredor do Lobito, que integra importantes economias.

Disse ser de grande valia que os estadistas africanos apostem na formação do capital humano e na valorização do quadro africano, primando por uma governação aberta, assim como criarem projectos funcionais que permitam acabar com as assimetrias económicas e regionais.

O também especialista em relações internacionais Adelson Tavira ressaltou a situação económica e financeira, além questão da paz e segurança de forma geral para África e a região austral, em particular, como desafios da presidência de Angola na UA.

Disse acreditar que como mediador de conflitos existente em diferentes países do continente, o Presidente da República irá desempenhar um papel preponderante na questão da pacificação da região, com particular realce para o Congo Democrático.

Adelson Tavira acrescentou ainda os desafios económicos, em que o Executivo angolano tem trabalhado em múltiplas reformas com a celebração de acordos de cooperação internacional para a diversificação económica.

A União África, fundada a 9 de Julho de 2002, em Durban (África do Sul), sendo uma organização multilateral constituída por 55 países e que promove a integração entre as nações do continente berço da humanidade nos mais diferentes aspectos. tem como sede Adis Abebas (Etiópia).

Com sede em Addis Abeba, capital  etíope, a União Africana substituiu a Organização da Unidade Africana criada (OUA), em 1963, na Etiópia, tendo como foco a unidade continental e encorajamento da construção da Nação, por meio da união e da libertação da opressão.

A UA africana foi anunciada na declaração de Sirte Líbia, a 9 de Setembro de 1999.FI/LHE7SC





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