Luanda - Um discurso que reflecte a real situação socioeconómica do país e a estratégia para responder aos principais desafios é o que se espera na mensagem sobre o estado da Nação, a ser proferida pelo Presidente da República, na abertura do ano parlamentar, terça-feira.
Segundo o especialista em Relações Internacionais, Osvaldo Mboco, em declarações à ANGOP, o pronunciamento do Chefe de Estado deve devolver a esperança aos angolanos para a concretização das suas aspirações, em ter um país melhor.
Em função do contexto actual do país, acrescentou, o discurso deverá explicar o trabalho desenvolvido pelo Executivo e as acções definidas para responder aos desafios que o país enfrenta nos diferentes domínios.
Um destes desafios, no entender de Osvaldo Mboco, tem a ver com a inflação que influencia muito na perda do poder de compra dos angolanos.
Neste sentido, o especialista disse que quer ouvir do Presidente uma medida urgente para conter e diminuir a taxa de câmbio, cujos níveis actuais fizeram com os preços dos produtos alimentares alterem quase que todos os dias.
Noutro vertente, referiu que o país continua a registar um elevado número de crianças fora dos sistema escolar e, disse, seria bom ouvir quais as medidas concretas do Executivo para que o país, até 2027, acabe com esta problemática.
Os resultados do combate à malária, à sinistralidade rodoviária e ao desemprego são outros assuntos que devem ser retratos na comunicação sobre o estado da nação.
Por sua vez, da Associação Juvenil de Apoio às Comunidades (AJACOM), Watuzemba Frederico, referiu que os angolanos esperam da parte do Presidente uma mensagem de esperança por dias melhores.
O discurso sobre o estado da Nação, a ser proferida pelo Chefe de Estado, como prevê a Constituição angolana, será o ponto alto da reunião solene de abertura do 3° ano legislativo da V legislatura, que acontece terça-feira (15).
A taxa de câmbioestá fixada em 909.051 Kwanzas para um dólar norte-americano.
O relatório dos órgãos da Administração Geral do Estado refere que, nessa altura, mais de quatro milhões de crianças estão fora do sistema de ensino.
Por essa altura, o país tem mais de 12 mil escolas, o que corresponde a cerca de 119 mil salas de aula, em todos os níveis e subsistemas de ensino no país.
Houve um crescimento de escolas e salas de aulas nos últimos dois anos, fruto da implementação do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios que priorizou, entre outros, infra-estruturas dos sectores da educação e saúde.
No domínio da educação, foram construídas escolas de várias tipologias que estão a servir o ensino primário, segundo ciclo, ensino secundário, formação de professores, ensino técnico profissional, entre outros.MGM/ART