Luanda - O analista político Osvaldo Mboco destacou, esta terça-feira, os esforços diplomáticos do Presidente angolano, João Lourenço, visando a resolução de conflitos em África, a partir de meios pacíficos.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Africano da Paz e Reconciliação (31 de Janeiro), o também especialista em Relações Internacionais realçou que, nos últimos anos, Angola tem sido uma placa giratória de concertações políticas, no continente africano.
Avançou que a mediação e os bons ofícios de João Lourenço, Campeão da Paz da União Africana, têm um carácter pacifista, que privilegia, sobremaneira, o diálogo e respeita o direito internacional.
No seu entender, o estadista angolano tem sabido pronunciar-se sobre os conflitos, ouvindo as várias partes envolvidas e procurando consensos para resolver os problemas de segurança que assolam África.
Referiu que João Lourenço, além dos problemas do continente, tem defendido o fim dos conflitos na Europa e no Médio Oriente, por via do diálogo, sobretudo entre a Ucrânia e a Rússia e entre Israel e a Palestina.
Defendeu a necessidade de Angola projectar um departamento ou centro de estudo sobre guerra e paz, a fim de aumentar a performance e eficácia da sua acção em matéria de resolução de conflitos.
"É necessário que Angola projecte um departamento ou centro de estudo sobre guerra e paz", reforçou.
O especialista augura que o centro venha fazer estudos sobre prevenção e resolução de conflitos a nível do continente.
Afirmou, por outro lado, que os dois eixos estruturais da política externa (a diplomacia económica e a preventiva) têm a ver com a paz, a gestão e a resolução de conflitos.
Conforme o especialista, é fundamental que o país aposte em especialistas em questões de guerra e paz, para que o seu posicionamento seja mais assertivo.
Se for feito um trabalho nesta direcção, disse, certamente haverá uma abordagem do ponto de vista teórico e doutrinal ajustada aos desafios da paz a nível de África.
Sublinhou que a paz não é simplesmente o calar das armas, que é o elemento primário para a estabilidade do país.
"E aí podemos começar a discutir questões que têm a ver com aspectos económicos é sociais", concluiu.
O Dia Africano da Paz e Reconciliação foi designado pela Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), durante a 16ª Cimeira Extraordinária do órgão, realizada em Maio de 2022, em Malabo, Guiné Equatorial.
Ao assinalar esta efeméride, o Presidente angolano, João Lourenço sublinha a prioridade do Continente em silenciar as armas para garantir a paz, a coesão social, a unidade nacional e a cooperação regional para África.
O Campeão da Paz e Reconciliação da UA reitera a determinação deste órgão continental em continuar os seus esforços para restaurar a paz, a segurança e a estabilidade no continente, através de um diálogo inclusivo e de esforços de mediação.
Na sua óptica, a missão deve ser executada em estreita colaboração com os Estados-membros, com as Comunidades Económicas Regionais e com os mecanismos de mediação liderados pela UA para os jovens, mulheres e outras partes interessadas. FMA/VIC