Empresas egípcias investem quatro biliões de dólares no mercado angolano    

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  • Luanda • Terça, 13 Agosto de 2024 | 18h06
Bandeira do Egipto
Bandeira do Egipto
Divulgação

Luanda – Os investimentos das empresas egípcias em Angola rondam os quatro biliões de dólares, informou, a embaixadora do Egipto em Angola, Neveen El-Husseiny.

Em entrevista concedida ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Nacional do Egipto, assinalado a 23 de Julho, a diplomata indicou que as empresas egípcias criaram oportunidades de emprego, formação e impulsionam a inovação em sectores como a energia, infra-estruturas e indústria.

A embaixadora Neveen El-Husseiny reconheceu a contribuição do sector privado egípcio para a diversificação da economia angolana.

Fez saber que as empresas do seu país em Angola operam, essencialmente, no sector da electricidade e energias renováveis, gás e agricultura e outras estão a iniciar os seus negócios na indústria metálica.

Assegurou existir um interesse considerável do Egipto na expansão para novas áreas, especialmente nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), obras públicas, pescas, isenção mútua de registo de medicamentos, segurança, agropecuária, educação, biossegurança, turismo e cooperação entre a Agência noticiosa do Médio Oriente e Agência Angola Press (ANGOP).

Novos acordos em forja

A embaixadora Neveen El-Husseiny informou que os dois países estão a trabalhar numa nova cooperação no sector das telecomunicações, augurando que esses acordos possam ser assinados nos próximos tempos.

Lembrou que ambos estados assinaram vários instrumentos e memorandos de entendimento, com destaque para a agricultura, energia, diplomacia, desportos e águas subterrâneas, onde o Egipto conta com uma vasta experiência.

Em relação à cooperação no domínio da aviação, deu conta que continua em análise e sem data para o início das rotas aéreas entre os dois países.

Aposta na indústria farmacêutica

A embaixadora prometeu focar a sua acção nas áreas prioritárias do Governo angolano, especialmente na área farmacêutica onde o seu país tem grande potencial.

O Egipto possui uma “grande experiência” na indústria farmacêutica e com capacidade para a exportação.

A diplomata assinalou que os preços dos produtos farmacêuticos egípcios são competitivos e reconhecidos mundialmente.

Trocas comerciais

O volume das trocas comerciais entre os dois países ronda os 30 milhões de dólares, valor considerado “muito baixo” pela diplomata, tendo em conta o potencial económico de Angola e da nação árabe,  e por isso, prometeu trabalhar para elevar esta cifra, através da promoção de encontros de negócios.

Deu a conhecer que estão a trabalhar com a Agência de Investimentos Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX) e o Ministério da Indústria e Comércio, com vista a identificar o melhor momento para a realização de encontros de negócios entre os parceiros.

Para exemplificar este interesse, realçou o facto das empresas egípcias terem participado na Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024) deste ano, permitindo aos empresários conhecer o mercado angolano.

Noutro domínio, assinalou que o Egipto acredita na cooperação “Sul-Sul” e espera unir todas as comunidades económicas sub-regionais africanas na Zona de Comércio Livre Africana, para impulsionar o comércio infra-africano, com a criação de um mercado integrado de 1,2 mil milhões de pessoas e promover o crescimento económico.

Resolução de conflitos

Neveen El-Husseiny observou que Angola e o Egipto têm tomado as mesmas posições para a resolução de conflitos no continente africano, focando os seus pronunciamentos na paz, estabilidade, desenvolvimento, combate ao terrorismo e na melhoria da governação global em diferentes áreas.

Cooperação bilateral

As relações de cooperação político-diplomática entre os dois países foram formalizadas em Março de 1987, por via da assinatura, em Luanda, do Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica e Técnica.

As empresas egípcias foram as primeiras que prestaram apoio ao Programa do Executivo angolano de combate à Covid-19, tendo fornecido diversos equipamentos de biossegurança, consumíveis hospitalares e um valor de duzentos milhões de kwanzas. DC/ART





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