Lubango - Embaixadores africanos acreditados em Angola manifestaram, esta segunda-feira, interesse na identificação de oportunidades de investimentos nas áreas do turismo e da agricultura na província da Huíla, pelo seu potencial.
Trata-se de diplomatas do Zimbabué, África do Sul, Uganda, Mauritânia, Ghana, Cabo Verde, Quénia, Nigéria, Moçambique, Eritreia, Zâmbia, Argélia e Rwanda.
A visita do grupo visa explorar e compartilhar oportunidades de comércio e investimento entre outras áreas potenciais de cooperação mútua, bem como conhecer e vivenciar os atractivos turísticos da província, tal como a cultura da população huilana.
Ao falar após uma audiência com o governador da Huíla, Nuno Mahapi, o responsável da delegação, Lawrence Chalungumana, afirmou que o grupo escolheu promover o comércio e investimento na Huíla, incluindo na agricultura, este último um dos focos, por ser um sector de desenvolvimento primordial de qualquer zona.
O também embaixador da Zâmbia declarou que em África há solos férteis e aráveis, pelo que, com a agricultura, pode-se avançar em termos de partilha de conhecimento, como uma solução para diminuir a inflação em África.
Referiu que o seu país já é auto-suficiente na produção de sementes, daí que usa-se a agricultura para diversificar a sua economia.
O diplomata destacou o Corredor do Lobito como uma das oportunidades para a Zâmbia, em que os chefes de Estado concordaram em desenvolver, por envolver o seu país, a República Democrática do Congo e Angola, para facilitar a exportação de produtos.
Assinalou que 40 por cento da produção da Zâmbia é feita internamente, augurando a necessidade de trabalhar-se na institucionalização de moedas únicas para facilitar as transacções.
Lawrence Chalungumana salientou que o turismo é uma outra área que é potencial porque renova-se e estão igualmente na Huíla para promover o turismo.
“O continente africano está à disposição do governador para aproveitar o enorme potencial que apresenta, à medida que executa a agenda de desenvolvimento da província. Estamos para estabelecer uma cooperação duradoura. África é um continente rico, daí a nossa orientação para a diplomacia económica”, reforçou.
Por sua vez, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, ressaltou que a província tem um potencial vasto e com o encontro têm assim uma oportunidade para traçarem estratégias de desenvolvimento nas áreas elencadas.
No que se refere a agricultura, o disse que a Huíla tem solos aráveis, apontando como prioridade na parceria, pois têm de trabalhar para alimentar a África, a par do turismo.
“Os encontros são sempre importantes e deste espera-se o reforço das relações, bem como oportunidades para fazer negócios no desenvolvimento da província”, sublinhou.
O grupo de embaixadores africanos acreditados em Angola está em visita de dois dias à Huíla e durante a estada visitarão o Caminho de Ferro de Moçâmedes, as empresas Metalosul e Hipermáquinas, esta última localizada no município da Chibia.
Para o segundo dia, na terça-feira, consta visitas ao Museu Regional da Huíla, ao Centro de Ciências e Tecnologia, ao monumento do Cristo Rei, Fenda da Tundavala, bem como a fazenda Jamba e a Estufa de Produção de Flores Ornamentais e Fruteiras, ambas no município da Humpata.
Já na quarta-feira, a delegação encabeçada pelo Lawrence Chalungumana faz visita semelhante ao Namibe. EM/MS