Luanda - A embaixadora do Ghana em Angola, Mavis Esi Kusorgbor, afirmou domingo, em Luanda, que está determinada em traduzir a vontade política da liderança dos dois países na implementação de iniciativas viáveis para benefícios económicos mútuos.
Em declarações à ANGOP, a propósito do 66º aniversário da independência do Ghana, que se assinala esta segunda-feira, 6, Mavis Kusorgbor disse que o Governo e o povo ghanense estão determinados, através de políticas sólidas, em contribuir para o impulso do desenvolvimento sustentável global.
“Como primeiro país da África subsaariana a conquistar a independência do domínio colonial britânico, em 6 de Março de 1957, a libertação de Ghana constituiu uma inspiração para outros países na busca da autodeterminação”, frisou a diplomata.
Acrescentou que ao longo dos anos o Ghana continuou a trabalhar, através de compromissos bilaterais e multilaterais, para a promoção dos ideais pan-africanos, focados, sobretudo, no bem-estar económico e político do continente e do seu povo.
Sublinhou que embora a presença diplomática formal tenha sido estabelecida em momentos bastante diferentes nos respectivos países, as relações Ghana-Angola têm crescido constantemente.
A propósito, deu como exemplo as interacções políticas por meio de visitas oficiais de alto nível, considerando isso como testemunho da promoção e do aprofundamento dos compromissos económicos entre ambos os países.
“O Presidente da República do Ghana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, e o seu homólogo de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, demonstraram grande liderança e empenho para promover e aprofundar os compromissos económicos entre os nossos dois países”, sustentou.
Avançou que o início de voos directos da TAAG de Luanda (Angola) para Accra (Ghana), em Novembro de 2022, permitiu reduzir de mais de 36 horas de viagem para três horas e meia e ao, mesmo tempo, favorecer um bom ambiente de negócios.
“Prevemos que o voo directo de Luanda para Accra servirá também como um catalisador para colmatar o fosso entre a África Ocidental e Austral e melhorar o comércio sub-regional e as relações económicas em prol dos objectivos da Área de Comércio Livre Continental de África (AfCFTA)”, frisou.
Angola e o Ghana, que partilham uma história comum na luta pelas independências nacionais, rubricaram os primeiros instrumentos jurídicos de cooperação em 1976.
Em 2019, os dois países assinaram um memorando no domínio da educação, tendo em vista a mobilidade de professores e pesquisadores em instituições de ensino superior e centros de pesquisa científica.
No mesmo ano, foi rubricado um memorando de entendimento sobre o funcionamento da Comissão Bilateral de Cooperação e um outro relativo à supressão de vistos em passaportes diplomáticos e de serviço.
Num outro acordo, ambos os Estados definiram as linhas para o reforço da cooperação nas áreas da agricultura, defesa, pescas, formação e educação, transporte e indústria mineira. JM