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Egipto enaltece papel de Angola na promoção da paz em África

     Política              
  • Luanda • Quinta, 06 Fevereiro de 2025 | 18h26
Embaixadora do Egipto em Angola, Neeven El Husseiny
Embaixadora do Egipto em Angola, Neeven El Husseiny
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Talatona – A embaixadora do Egipto em Angola, Neeven El-Husseiny, considerou, nesta quinta-feira, em Luanda, que este país desempenha um papel preponderante na preservação da paz e da democracia em África, fruto da experiência acumulada nos processos de prevenção e resolução de conflitos na região.

Em declarações aos jornalistas, à margem da palestra “Contra-Narrativa Para a Prevenção da Radicalização do Terrorismo, Caso do Egipto: O Papel da Universidade Al Azhar”,  a diplomata realçou que Angola vai continuar a adoptar uma abordagem diplomática abrangente, para a prevenção, segurança e desenvolvimento sustentável, especialmente no momento em que se prepara para assumir a presidência da União Africana (UA). 

Segundo Neeven El-Hussiny, com o seu histórico de mediação e pacificação, Angola pode contribuir para a construção de um discurso de tolerância e cooperação, para a manutenção da paz e do desenvolvimento sustentável das Nações. 

A embaixadora que considerou a diplomacia uma ferramenta essencial para a pacificação dos conflitos em África, afirmou que a África Subsariana ainda enfrenta sérios desafios relacionados a ameaças terroristas.

Por outro lado, defendeu que a comunicação estratégica, também, pode ser um instrumento fundamental no combate às narrativas extremistas.

De acordo com o palestrante Ahmed Sabry, especialista em Estudos Islâmicos, que apresentou a experiência da Universidade Al Azhar na promoção da paz e no combate ao extremismo, a instituição académica, tem desempenhado um papel vital na difusão da tolerância e na luta contra o radicalismo por meio da educação.

Para o especialista egípcio, o impacto da Universidade Al Azhar na diplomacia e na promoção da paz , com mais de mil e 52 anos de existência, desempenha um papel crucial na diplomacia religiosa e cultural.

 “Os seus programas educativos enfatizam princípios como compaixão, respeito e diálogo inter-religioso, tornando os seus líderes  capazes de disseminar mensagens de paz e coexistência”, disse.

A este propósito, sublinhou que a Al Azhar é uma das mais antigas universidades do mundo e um dos principais centros de estudos islâmicos. 

Citou ainda que entre as principais iniciativas da instituição, estão a promoção do diálogo inter-religioso, o incentivo de encontros entre jovens muçulmanos e cristãos para fomentar a cooperação e o entendimento mútuo, assim como o combate às narrativas extremistas.

Referiu também que a universidade trabalha na desconstrução de discursos de ódio e na disseminação de mensagens que reforçam a tolerância e a convivência pacífica. 

Em relação à Educação para a Paz, referiu que o currículo da instituição incorpora estudos sobre respeito às diferenças e estratégias para evitar a radicalização. 

Ahmed Sabry disse que a comunicação estratégica e o envolvimento de instituições educacionais são essenciais para conter o avanço do extremismo. 

A palestra teve como objectivo lançar luz sobre os esforços envidados na luta contra o radicalismo, promovendo os princípios da tolerância e da coexistência, num mundo frequentemente tumultuoso.

O evento realizado na Académia Venâncio de Moura reuniu o Corpo Diplomático acreditado em Angola, a comunidade árabe e estudantes.

 A Universidade Al Azhar é considerada a segunda universidade mais antiga do mundo e o principal centro de aprendizagem islâmica sunita e literatura árabe.GIZ/MAG





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