Lisboa (Da correspondente) – A embaixadora de Angola em Portugal, Maria de Jesus Ferreira, destacou na quinta-feira, em Lisboa, a crescente participação da mulher angolana na definição dos destinos do país.
A diplomata falava numa mesa-redonda organizada pelo Instituto de Defesa Nacional de Portugal, tendo abordado o tema “Contributo da mulher angolana para a paz e estabilidade mundial”.
Na ocasião, Maria de Jesus Ferreira sublinhou a participação das angolanas na vida política e lembrou que Angola conta com seis governadoras, oito ministras, nove embaixadoras plenipotenciárias, a par de “um número crescente de dirigentes associativas”.
Segundo a embaixadora, também está em funções uma ministra de Estado para a Área Social, bem como ressaltou o facto de a presidente da Assembleia Nacional ser mulher.
Durante a sua intervenção, Maria de Jesus Ferreira enalteceu o papel que o Governo angolano e o Presidente João Lourenço têm tido na mediação para diferentes conflitos, fundamentalmente, em África.
Em reconhecimento desse desempenho, disse a representante diplomática, o Presidente João Lourenço foi eleito, pela União Africana, Campeão para a Paz e Reconciliação no continente.
No decorrer da mesa-redonda, sublinhou o facto de o Estadista angolano presidir à Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, além de ser o “mediador que conseguiu um acordo de cessar-fogo no conflito entre a República Democrática do Congo e o Rwanda ”.
Ainda no campo da pacificação internacional, Maria de Jesus Ferreira falou da realização, na capital angolana, do Fórum Pan-Africano de Cultura e Paz - Bienal de Luanda, a decorrer em Novembro próximo.
Recordou também que Angola realizou, em Maio de 2023, o primeiro Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia.
Trata-se de um evento que serviu para reafirmar o compromisso do país sobre a igualdade no género, o empoderamento da mulher e raparigas, bem como a erradicação da violência.
Tudo no quadro das “prioridades- chave do Governo em respeito à implementação da Resolução 1325 das Nações Unidas, sobre a Mulher, Paz e Segurança”.
No encontro, a diplomata angolana apelou a uma maior participação da mulher na mediação efectiva e formal de conflitos, bem como na implementação de acordos de paz.
O evento reuniu especialistas em defesa, embaixadores, membros da sociedade civil, conselheiros e parceiros governamentais de diferentes países, com o intuito de dar a conhecer a importância da mulher nos processos de desenvolvimento, paz e segurança no mundo. EJM/ADR