Luanda - O embaixador de Angola no Reino Unido da Grã- Bretanha, Irlanda do Norte e Irlanda, Geraldo Sachipengo Nunda, afirmou este sábado, em Londres, que cada angolano deve sentir-se parte da construção do país e da unidade nacional.
De acordo com o diplomata, que falava durante o acto de celebração do Dia da Independência de Angola, assinalado a 11 de Novembro, “a unidade nacional permitiu-nos reconstruir o país e consolidar a paz e a coesão interna que nos impulsiona a enfrentar adversidades e enriquecer a nossa identidade”.
O diplomata referiu que Angola com as sua vastas riquezas e o seu povo trabalhador pode construir uma economia robusta.
Sublinhou que produzir é sinónimo de avanço económico e geração de riqueza, valorizando o trabalho de cada agricultor, operário e empreendedor.
Geraldo Nunda salientou que é preciso reforçar a produção de bens primários e a indústria transformadora que agreguem valor aos recursos, com capacidade para atender às necessidades internas e de exportação.
O embaixador assinalou ainda que a data carrega a memória de uma luta heróica marcada por viragem, sacrifício e compromisso de um povo pela liberdade e progresso social.
Durante a sua intervenção, enfatizou que a prosperidade da nação não se mede pelo crescimento só económico, mas também pela capacidade de gerir os seus recursos de forma sustentável visando garantir a sobrevivência das gerações vindouras, protegendo o ambiente e o futuro de Angola.
“As práticas agrícolas e económicas devem proteger os rios, a biodiversidade, reafirmando um compromisso com a sustentabilidade”, disse.
O embaixador Nunda lançou o desafio aos empresários presentes no acto no sentido de fundarem a Câmara de Comércio Reino Unido - Angola com o fito de dinamizarem a diplomacia económica.
O acto político e cultural de celebração dos 49 anos da Independência Nacional contou com mensagens das associações comunitárias.
O representante da Confederação das Associações Angolanas no Reino Unido ( CAARU), Mário Agostinho, assinalou na sua intervenção, que o papel fundamental da diáspora angolana, desde a luta pela independência, e de se afirmar como um alicerce para o desenvolvimento, promoção da cultura, defender os interesses da comunidade e envio de remessas financeiras para Angola.
“A CAARU congrega 18 associações comunitárias legalmente constituídas no Reino Unido com a missão de promover a identidade angolana no mundo, sempre com o espírito de solidariedade e patriotismo”, referiu.
O representante da organização, fundada em 2018, saudou a aproximação da Embaixada e do Consulado Geral com a comunidade, facto que permitiu estreitar laços e criar oportunidades para parcerias estratégicas no sector económico para o benefício de Angola e do Reino Unido.
Mário Agostinho defende que cada angolano deve ser um embaixador do seu país no mundo.
Já Teodoro Carvalho, representante da União das Organizações Angolanas no Reino Unido (UDOA), fundada em 2020, destacou o trabalho comunitário com realce para o aconselhamento jurídico para os angolanos no Reino Unido, acções filantrópicas a favor de crianças angolanas carenciadas e orfãs, bem como aulas de português para menores.
Os angolanos têm beneficiado também das acções comunitárias voltadas para a defesa dos seus direitos, necessidades e interesses por parte de outras duas organizações que também participaram no acto com mensagens, nomeadamente, a União dos Angolanos no Reino Unido (UARU) e Confederação das Comunidades Angolanas na Irlanda (CCAI).
Entre os membros da comunidade, o estudante de doutoramento em medicina na Universidade de Glasgow, Valdemar Tchipenhe, apresentou aos participantes um resumo sobre o seu estudo na área das ciências do cancro , especificamente na investigação de transferência de mitocôndrias da medula óssea.
O momento cultural da celebração foi marcado pela intervenção dos músicos Volinho, Samú e sua banda, todos angolanos residentes em Londres.
A missão diplomática de Angola em Londres apresentou durante o acto uma exposição de produtos “ Made in Angola”, como o café, mel, feijão e massa alimentar, em sintonia com o lema das comemorações do quadragésimo nono aniversário da Independência Nacional “ Unidade Nacional, Produção e Desenvolvimento”. ART