Luanda - O embaixador José Bamóquina Zau apresentou esta segunda-feira (30), na sede da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Abuja, as Cartas Credenciais que o habilitam a representar Angola junto da organização.
O referido instrumento jurídico foi entregue ao Presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, e vai permitir maior presença de Angola na partilha de interesses comuns, sobretudo no Golfo da Guiné.
Durante a audiência, José Bamóquina Zau apresentou as linhas de força que vão guiar as suas acções fundamentadas na cooperação política, económica e livre comércio com os Estados da África Ocidental.
Na mesma ocasião, o embaixador Bamóquina Zau apresentou um pedido formal de admissão de Angola como membro observador da CEDEAO cuja deliberação será apreciada na próxima Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização.
O que se pretende é haver maior alinhamento político-diplomático entre a República de Angola, a SADC e a CEDEAO nos desafios de segurança e integração regional.
Nomeado a sete (7) de Março de 2023 pelo Presidente João Lourenço como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Angola na República Federal da Nigéria, José Bamóquina Zau tem a sua autoridade diplomática estendida às repúblicas do Benin, Níger e, agora, à CEDEAO.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS – acrónimo em inglês) nasceu do Tratado de Lagos de 1975 para promover o comércio, cooperação política, desenvolvimento e integração regional.
Ela integra 15 países membros da região, nomeadamente, as repúblicas do Benin, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
Estão suspensas da organização as repúblicas de Burquina Faso, Guiné (Conacry), Mali e Níger devido as mudanças militares inconstitucionais.
A organização conseguiu estabelecer na sua vigência um Parlamento Oeste-Africano, um Tribunal para garantir a execução das decisões da Comunidadee um Conselho Económico e Social que aposta na união monetária com a adopção do ECO como a moeda comunitária. SC
