Luanda – A UNITA apresentou, na quinta-feira, um recurso ao Tribunal Constitucional (TC), para contestar os resultados das eleições gerais de 24 de Agosto.
O recurso surge na sequência da divulgação dos resultados definitivos apurados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) que confirmaram a vitória do MPLA, com 51.17 por cento, seguido da UNITA com 43,95 por cento.
Numa comunicação, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reafirmou que a contagem paralela do seu partido não atesta a vitória do MPLA, daí solicitaram ao TC a apreciação das actas sínteses produzidas nas 13 mil assembleias de voto.
Segundo o político, o partido só agora se pronuncia em relação aos dados definitivos porque estava a espera do cumprimento dos prazos legais e a concluir a contagem paralela dos votos expressos nas actas sínteses, um “processo sensível e complexo”.
“A UNITA e seus parceiros da FPU (Frente Patriótica Unida) não reconhecem os resultados definitivos publicados esta semana pela CNE, porque estes não reflectem a verdade eleitoral”, frisou o concorrente.
Disse esperar que a CNE e o TC desempenhem as suas funções no estrito respeito à Constituição e às Leis, tendo solicitado a confrontação das actas em posse da CNE com as cópias em posse dos partidos políticos.
Adalberto Costa Júnior afirmou que tudo farão para que todos os votos sejam efectivamente contabilizados e respeitados, em sede do recurso apresentado.
Relembrando que, na última terça-feira, a CNE chumbou dois recursos apresentados pela UNITA e um da CASA-CE, no qual contestavam os resultados divulgados.
De acordo com os resultados definitivos divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o MPLA venceu as eleições com 51,17 por cento, correspondentes a três milhões 209 mil 429 votos, resultando na reeleição do seu candidato, João Lourenço, e na conquista de 124 assentos na Assembleia Nacional (AN).
A UNITA conquistou 43,95 por cento, traduzido em dois milhões 756 mil 786 votos e 90 deputados, o PRS 1,14% (71 mil 351 votos e dois assentos), a FNLA 1,06% (66 mil 337 votos e dois assentos) e o PHA 1,02% (63 mil 749 votos e dois deputados).
A CASA-CE com 0,76% (47 mil 446 votos), a APN 0,48% (30 mil 139 votos) e o P-NJANGO 0,42% (26 mil 867 votos) não conseguiram qualquer assento no Parlamento.
A propósito dos resultados eleitorais, vários países continuam a felicitar o MPLA e o seu Presidente, João Lourenço, pela vitória obtida no sufrágio.
