Benguela - A instauração de um governo inclusivo e participativo a reforma do Estado e da administração pública, são algumas das linhas de força do manifesto eleitoral da UNITA, para as eleições gerais de 24 de Agosto próximo, apresentado este sábado, em Benguela.
Sob o lema “A hora é agora”, o programa do maior partido da oposição em Angola tem 56 páginas e define como eixos estratégicos a reforma da justiça, autonomia do poder judicial, criação de um pacto de estabilidade nacional, democratização da comunicação social e o resgate da cidadania.
O documento inclui como prioridades medidas de combate à pobreza, melhoria dos sectores da saúde e educação, fomento à habitação, desenvolvimento rural e urbano, juventude, mulher e inserção social para os antigos combatentes.
No capítulo económico, realce para medidas de desenvolvimento sustentável, através de uma política fiscal e estabilização económica, infra-estruturas, transportes e telecomunicações, energia e águas, agricultura, pecuária, indústria, comércio, turismo e emprego.
Em relação à responsabilidade e solidariedade social, o partido propõe-se, entre outros, a apoiar a assistência social e a refundação do serviço nacional de saúde.
Durante a apresentação, em conferência de imprensa, o líder do partido e candidato a Presidente da República, Adalberto Costa Júnior, sublinhou que o documento assenta na perspectiva de uma Angola que dignifique a todos, onde a competência será determinante, em detrimento da militância partidária.
Disse haver determinação para realizar um projecto que vai trazer o diálogo permanente como uma obrigação e o resgate do estado democrático e de direito, para assegurar as liberdades e garantias dos cidadãos e o normal funcionamento dos órgãos de soberania.
Para o pleito deste ano, a acontecer a 24 de Agosto, estão registados 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 na diáspora, distribuídos por 12 países de África, da Europa e América.
Será o quinto sufrágio em Angola, depois dos de 1992, 2008, 2012 e 2017.