Luanda - A juíza Presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso, destacou, esta quinta-feira, em Luanda, a atitude cívica, ordeira e o sentido de cidadania dos angolanos nas eleições gerais de 24 de Agosto.
A magistrada judicial interveio na cerimónia de investidura do Presidente da República eleito, João Lourenço, que decorre na praça da República, em Luanda, com a participação de mais de 15 mil expectadores, entre os quais Chefes de Estado e de Governos convidados.
“Foi, sem dúvida, um momento de grande jubilo em que demos provas do nosso elevado nível de maturidade política enquanto povo e enquanto uma verdadeira e coesa unidade nacional”, disse a juíza Laurinda Cardoso.
Lembrou que Angola é um estado independente, democrático e de direito que visa a construção de uma sociedade livre e baseada na paz, no progresso e na justiça social, cuja legitimidade política tem como primado a soberania popular.
Segundo a magistrada, o aprofundamento destes valores que constituem os alicerces do Estado angolano, levam ao periódico exercício colectivo de realizações de eleições baseadas no voto livre, universal, igual, directo e secreto.
Ao Presidente da República, Laurinda Cardoso solicitou maior comprometimento para com a unidade nacional, porquanto todos os angolanos são filhos da mesma pátria, una e indivisível.
As eleições gerais de Angola aconteceram no dia 24 de Agosto último.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgou os resultados definitivos do pleito no dia 29, dando vitória ao MPLA que teve como candidatos a Presidente e Vice-presidente da República, João Lourenço e Esperança Costa, respectivamente.
Nas vestes de Tribunal Eleitoral, o Tribunal Constitucional validou os resultados das eleições.
O MPLA venceu o pleito com três milhões e duzentos e nove mil e quatrocentos e vinte e nove (3.209.429) votos válidos, correspondentes a 51,17 por cento, o que permitiu a conquista de 124 deputados à Assembleia Nacional.
Participaram nas eleições, as quintas depois das realizadas em 1992, 2008, 2012 e 2017, os partidos UNITA que teve 43,95 por cento na sequência de dois milhões 756 mil 786 votos, conquistando 90 deputados a Assembleia Nacional, o PRS 1,14% (71 mil 351 votos e dois assentos), a FNLA 1,06% (66 mil 337 votos e dois assentos), o PHA 1,02% (63 mil 749 votos e dois deputados).
Participaram igualmente a coligação eleitoral CASA-CE que obteve 0,76% (47 mil 446 votos), não conseguindo qualquer assento na Assembleia Nacional, à semelhança da APN, que teve 0,48% (30 mil 139 votos) e do P-NJANGO 0,42% (26 mil 867 votos).