Luanda – O primeiro dia da campanha eleitoral, para as eleições gerais de 24 de Agosto próximo, foi dominado pela participação dos concorrentes em actos políticos de massas, passeatas e cultos religiosos.
A UNITA abriu a sua campanha na cidade do Lubango, província da Huíla, onde o seu presidente, Adalberto Costa Júnior, apelou os militantes do partido a manterem uma postura cívica, sem ceder a provocações.
"Vocês têm a força da juventude, e onde notarem riscos e provocações dão meia volta e vão para casa. Quando os vossos actos estiverem sobrepostos, desmarquem e façam-no em outro dia", aconselhou o político, afirmando que o seu partido está preparado para conviver com a diferença em ambiente de paz e tranquilidade.
Na mesma cidade, a presidente do Partido Humanista de Angola (PHA), Florbela Malaquias, sublinhou que caso vença as eleições, pretende apostar nos sectores da agricultura e da saúde, “pilares indispensáveis para o crescimento económico e social do país”.
Falando ao seu eleitorado durante o acto de massas, a única mulher que concorre à presidência da República considerou fundamental investir-se fortemente na agricultura, de modo a diminuir e/ou combater a fome e a pobreza.
No Huambo, a Aliança Patriótica Nacional (APN) também realizou um acto de massas, durante o qual o seu candidato a vice-presidente da República, Noé Mateus, disse que a promoção do bem-estar da juventude constitui o maior desafio do programa de governação do seu partido.
Nesta mesma província do centro de Angola, o presidente do Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO), Eduardo Chingunji, afirmou que o seu partido definiu a erradicação da pobreza no país, como objectivo de governação, se vencer as eleições.
Em Malanje, o secretário provincial da UNITA, Mardanês Calunga, salientou, no município de Cacuso, que o seu partido aposta no desenvolvimento do sector agrícola, para combater a fome e a pobreza no seio dos angolanos, sendo que o objectivo é fomentar uma agricultura com base em recursos locais.
O Partido de Renovação Social (PRS) iniciou a sua jornada na capital do país, com a participação do seu presidente, Benedito Daniel, no culto em alusão ao septuagésimo terceiro aniversário da Relembrança da Igreja Tocoísta, em que participaram igualmente membros do MPLA e de outras formações.
Intervindo na sessão religiosa dominical, o político exortou a população a participar na campanha eleitoral, com civismo e espírito patriótico, recordando que as congregações religiosas jogam um papel crucial na educação cívica dos cidadãos, além de congregarem um elevado número de cidadãos.
Por sua vez, o candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, defendeu este domingo a resolução das divergências entre os diferentes actores políticos e sociais do país, através do diálogo aberto e transparente.
Apelou aos angolanos a engajarem-se na consolidação da paz, reconciliação nacional, aprofundamento da democracia e no desenvolvimento económico e social do país.
Na mesma senda, a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) dedicou esse primeiro dia de Tempo de Antena na Rádio Nacional de Angola (RNA) à apresentação do seu cabeça-de-lista, Manuel Fernandes, marcando a abertura da sua campanha.
Os dez minutos de tempo de antena foram também aproveitados para o candidato a Presidente da República, Manuel Fernandes, reconhecer a maturidade política e eleitoral do cidadão angolano, em matéria de eleições, em função dos quatro processos eleitorais que Angola viveu.
A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), abriu a sua campanha eleitoral, no Cuanza Sul, com um acto político de massas, no município do Seles, orientado pelo seu secretário provincial, António Sebastião, enquanto o presidente do partido, Nimi a Simbi, aproveitava o tempo de antena na TPA para apresentar os quatro eixos fundamentais do Programa de Governação.
No município do Seles, António Sebastião falou dos programas desta formação política para a criação de mais emprego, construção de escolas e hospitais em todo o país, além de prever melhorias no fornecimento de energia eléctrica e água potável.
Entretanto, a par do início oficial da campanha, dois mil observadores nacionais e estrangeiros foram acreditados, este domingo, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).