Lobito – Várias confissões religiosas e partidos políticos rezaram este domingo, em Benguela, a favor de eleições pacíficas, no próximo dia 24 de Agosto.
Num culto ecuménico, de iniciativa da Comissão Provincial das Igrejas para Efemérides de Benguela (COPIEB), os religiosos assumiram o compromisso de trabalhar com todos os partidos políticos, sociedade civil e o Governo que sairá das próximas eleições, para o bem-estar do povo, segundo o seu coordenador, pastor Higino Jorge.
"Estamos numa fase em que cada um deseja que o candidato do seu partido ganhe, mas caso não aconteça devemos ter equilíbrio emocional, porque as eleições são um jogo político em que só um pode ganhar", esclareceu o pastor.
Por sua vez, o padre António Francisco defende que "estas eleições devem correr da melhor forma possível", que sejam justas, transparentes e que todos os angolanos possam se rever nos resultados que vierem, segundo a vontade do povo.
Para o segundo secretário provincial do MPLA em Benguela, António Kapewa Kalianguila, este culto ecuménico é uma oportunidade para a união e solidariedade de todos os angolanos, independentemente das suas ideias e interesses, para que a paz, enquanto bem comum, seja salvaguardada.
O secretário provincial da CASA-CE, Martins Domingos, afirmou que saiu do culto mais moralizado, do ponto de vista espiritual e do amor ao próximo, pois a irmandade e concórdia devem prevalecer acima dos interesses de grupo ou individuais.
Já o representante do PRS, Horácio Abel, aproveitou para apelar a população a aceitar o resultado das eleições, não obstante quem for o vencedor.
Com excepção da UNITA, que não se fez presente, os políticos estiveram alinhados sobre a ideia dos cidadãos abandonarem as assembleias de voto depois de exercerem o seu dever cívico, para evitar situações que possam causar distúrbios ao processo eleitoral.
Entre as confissões religiosas estavam presentes católicos, tocoistas, kimbanguistas, metodistas, membros do CICA, IECA, IURD e outros.
As eleições gerais de 24 de Agosto elegem o Presidente da República, o Vice-presidente (o cabeça e o segundo da lista do partido mais votado) e o Parlamento com 220 deputados.
Estão inscritos 14 milhões, 399 mil eleitores, no conjunto do território nacional e residentes no estrangeiro, estes com a oportunidade de votar pela primeira vez.