Ondjiva – Os partidos políticos concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto defenderam, este sábado, em Ondjiva, província do Cunene, a necessidade de os angolanos estarem unidos para a consolidação da democracia e preservação da paz.
Em reacção aos últimos resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) que dão vitória ao MPLA, com 51,07%, os responsáveis provinciais da UNITA, PRS, FNLA e da CASA-CE emitiram as suas opiniões sobre a votação do dia 24 de Agosto, que reconheceram ter decorrido de forma harmoniosa.
O secretário provincial da UNITA no Cunene, Torga Pangeiko, por exemplo, disse que apesar do processo de votação de 24 de Agosto ter decorrido com normalidade, considera que os resultados não estão a ser divulgados com justiça e transparência.
Já o secretário provincial do PRS, Miguel Victorino, afirmou que as eleições deste ano foram as mais tranquilas de sempre, que o seu partido trabalhou arduamente para aumentar o número de deputados no Parlamento, porém não conseguiu, porque outros também trabalharam para tal.
Apelou aos militantes, amigos e simpatizantes do PRS no sentido de se manterem serenos e respeitarem os resultados ainda provisórios, mas que dão vantagem ao MPLA, fruto da vontade do povo que decidiu nas urnas.
Por seu lado, o secretário provincial adjunto da FNLA, Júlio Correia, declarou aceitar os resultados e prometeu trabalhar mais para que, em 2027, apareçam mais fortes e consigam equilibrar, a fim de terem maior representação de deputados na Assembleia Nacional.
Já o secretário provincial da CASA-CE, Xavier Hiwasindiyete, avançou que “os resultados das eleições expressam a vontade do povo nas urnas, embora tivessem esperado mais do que conseguiram.
Votos escrutinados
Até ao momento estão escrutinados mais de 97 por cento dos votos.
Nestas eleições, registaram-se 54,35 por cento de abstenções, num universo de 14 milhões e 399 mil eleitores, contra os 23,43% dos nove milhões 221 mil e 963 registados em 2017.
Os últimos resultados provisórios atribuem vitória ao MPLA, com 51,07 por cento, seguindo-se-lhe a UNITA (44,05%), o PRS (1,13%), a FNLA (1,05%) a PHA (1,01%), a CASA-CE (0,75%), a APN (0,48%) e o P-JANGO (0,42%).
Trata-se das quintas eleições na história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.