Huambo – O candidato do P-NJANGO a Presidente da República, Eduardo Jonatão Chingunji, prometeu hoje, sexta-feira, no Huambo, reconhecer os resultados eleitorais, em caso de derrota nas eleições gerais da próxima quarta-feira (24).
O líder partidário falava à imprensa momentos depois de ter chegado à cidade do Huambo, para orientar, no próximo domingo (21), o comício de encerramento da campanha eleitoral do seu partido.
Eduardo Chingunji disse que, apesar de estar confiante na vitória eleitoral, se compromete em aceitar caso os resultados não sejam favoráveis ao projecto de governação apresentado pelo seu partido ao eleitorado, para o quinquénio 2022-2027.
Referiu que a posição do P-NJANGO resulta da crença que deposita nas instituições envolvidas na organização do pleito eleitoral, para além da "competência, sentido de responsabilidade, transparência e lisura do processo".
Disse que a participação do seu partido nas eleições gerais da próxima quarta-feira "é prova inequívoca da credibilidade e confiança que tem no processo, pois, caso contrário iria abster-se do mesmo".
“Não temos porque não aceitar os resultados, caso não nos permitam formar governo, porque confiamos na transparência de quem organiza. Por isso é que decidimos participar, pois a nossa posição é diferente daqueles partidos que alegam fraude, mas ainda assim participam”, sustentou.
O cabeça-de-lista do P-NJANGO justificou a escolha da província do Huambo para o encerramento da campanha eleitoral do seu partido por ser o local onde procedeu à abertura da mesma, a 24 de Julho último, com indicadores “bastante positivos” para uma possível vitória eleitoral.
Acrescentou que esta região permitiu ao P-NJANGO lançar-se na corrida às eleições e competir em "pé de igualdade" com todos os concorrentes, sobretudo com o MPLA, enquanto partido no poder.
Apesar de ter escalado apenas 10 das 18 províncias do país, considerou "positiva" a campanha eleitoral desenvolvida pela sua organização, que participa pela primeira vez num pleito eleitoral.
Huambo, quarta maior praça eleitoral depois de Luanda, Huíla e Benguela, registou um milhão, 103 mil e 685 eleitores e constituiu mil e 15 assembleias e mil e 973 mesas de voto.
Nas últimas eleições gerais de 23 de Agosto de 2017, o Huambo contou com 763 mil 196 eleitores e duas mil mesas de voto, tendo sido ganhas pelo MPLA, com um total de 347 mil 800 votos, correspondentes a 58,21 por cento.
Para além do P-NJANGO, concorrem às eleições da próxima quarta-feira os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN e a coligação CASA-CE, enquanto a população votante é de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 no estrangeiro.
A votação no exterior, a primeira na história do país, terá lugar em 25 cidades de 12 países.
Estas serão as quintas eleições gerais em Angola, depois dos sufrágios de 1992, 2008, 2012 e 2017, todos ganhos pelo MPLA, seguido da UNITA.