Luanda – A lista das oito forças políticas que decidiram candidatar-se às próximas eleições gerais, em Angola, completa-se este sábado, 25, com a formalização da candidatura do Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-JANGO).
O director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constitucional (TC), Mauro Alexandre, confirmou esta sexta-feira que a entrega do processo do P-JANGO está agendada para as 12:00 horas locais (11:00 TMG).
O acto de formalização da candidatura do P-JANGO, partido recentemente criado por Eduardo Jonatão “Dinho” Chingunji, coincide com o encerramento da fase de apresentação de candidaturas iniciada a 06 de Junho corrente.
Em declarações à imprensa, no Palácio da Justiça, Mauro Alexandre precisou que do total de nove potenciais concorrentes, apenas um partido político decidiu “ficar de fora”, uma vez que não agendou a sua candidatura.
Trata-se do Bloco Democrático (BD), enquanto potencial concorrente por fazer parte dos 13 partidos políticos reconhecidos, em Angola.
Os restantes 12 que decidiram concorrer ao pleito eleitoral de 24 de Agosto deste ano estão repartidos em sete candidaturas individuais e cinco coligadas através da CASA-CE, perfazendo oito formações políticas.
Actualmente, a CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) detém 16 deputados no Parlamento e é a segunda maior força política da oposição, depois da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).
Esta última e a CASA-CE fazem parte das sete candidaturas já formalizadas junto do Tribunal Constitucional, que recebeu igualmente os processos do partido maioritário cessante, MPLA, e do Partido de Renovação Social (PRS).
A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), a Aliança Patriótica Nacional (APN) e o Partido Humanitário Angolano (PHA) completam o grupo das candidaturas já entregues ao Tribunal Constitucional.
O PRS ocupa o quarto lugar no Parlamento diante da FNLA, na quinta posição, ao passo que a APN e o PHA são partidos extraparlamentares.
As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
São esperados mais de 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 no estrangeiro.
A votação no exterior terá lugar em 12 países e 25 cidades, tais como África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).
Fora do continente, o voto estará aberto à diáspora angolana no Brasil (Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo), na Alemanha (Berlim), na Bélgica (Bruxelas), em França (Paris), no Reino Unido (Londres), em Portugal (Lisboa, Porto) e nos Países Baixos (Roterdão).
O sufrágio anterior foi disputado, em 23 de Agosto de 2017, por seis forças políticas, com a participação de 76,57 por cento dos cerca de 9,3 milhões de eleitores inscritos.
O MPLA venceu por maioria absoluta, com 61 por cento dos votos, à frente da UNITA com 26,67 por cento e da CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) com 9,44 por cento, num Parlamento de 220 lugares.