Cuito – No quadro da estratégia de caça ao voto, o MPLA e a UNITA realizaram hoje, quinta-feira, campanhas de mobilização porta-a-porta, nas comunidades do Cuito, Catabola e Chitembo.
O MPLA mobilizou o eleitorado dos bairros Ndongua e Cangoti, na cidade do Cuito, Cangala, Cutato, no Chinguar, e Londela Santo António, no município de Catabola.
Durante a mobilização, os militantes do MPLA falavam das vantagens do programa do governo deste partido, assim como apresentavam o seu manifesto eleitoral.
De igual modo, foram instruindo os eleitores como votar de forma correcta.
A jovem Juliana Cunene, 18 anos de idade, considerou o programa do MPLA concreto, por apresentar bases fundamentais para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Argentina Bumbum, de 50 anos idade, que participa pela quinta vez no peito eleitoral, disse que este partido apresenta um projecto que dá dignidade à população.
Já Filomena Namissão, de 61 anos, confessou ter recebido promessas (bens materiais) de alguns partidos, caso votasse neles, tendo recusado.
Apelou aos indecisos a terem muito cuidado no momento de escolher, pensando sempre na segurança e bem-estar de todos.
Em 2017, o MPLA conseguiu eleger três deputados nesta província, com 221 mil 819 votos, correspondentes a 57,42%.
Já a UNITA desdobrou-se em vários bairros do Cuito, Chitembo e Catabola.
O secretário provincial da UNITA no Bié, Jeremias Kaunda, esteve na comuna de Mumbué, no Chitembo, enquanto o coordenador da campanha eleitoral, Maurilio Luyele, trabalhou na comuna de Chiuca, município de Catabola, outros membros fizerem caça ao voto em bairros da capital da província.
Em declarações à ANGOP, Jeremias Kaunda mostrou-se confiante na conquista do seu partido nesta parcela do país, tendo em conta a aceitação do eleitorado no seu programa de governação.
No pleito anterior, a UNITA conseguiu dois deputados no Bié, fruto de 147 mil 756 votos, equivalente a 38,27%.
Ainda hoje, o PRS realizou um acto de massas em Camacupa, onde apresentou o seu programa de governo e o manifesto eleitoral.
Em 2017, esta formação partidária não elegeu nenhum deputado nesta província, tendo conseguido quatro mil 40 votos, correspondendo a 1,05%.
As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
A província do Bié tem um registo de 783 mil 684 eleitores, que vão exercer o seu direito de voto em 861 assembleias.
No geral, para o sufrágio deste ano, estão registados 14 milhões, 399 eleitores, dos quais 22.560 no estrangeiro.
Concorrem ao pleito eleitoral de 2022 sete partidos políticos, designadamente MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, P-NJANGO, PHA, APN e a coligação CASA-CE.