Huambo – Líderes religiosos na província do Huambo enalteceram,esta quarta-feira, a organização e o ambiente de serenidade com que está a decorrer o processo de votação.
Abordados pela ANGOP, após exercerem o direito de voto, alguns eleitores foram unânimes em afirmar que a votação constitui o principal manifesto do povo, daí a razão de ser exercido com civismo, responsabilidade e harmonia, para "dar uma lição ao mundo" sobrea convivência democrática entre os angolanos.
Por isso, os religiosos recomendaram as forças políticas concorrentes às eleições gerais a confiarem na credibilidade e transparência do, e respeitarem os resultados, independentemente de quem ganhe, para manter o espírito cívico e pacifico entre os angolanos.
O secretário da Igreja Evangélica Congregacional de Angola (IECA) no Huambo, pastor Gilberto Jamba Ndunduma, elogiou a organização e a serenidade com que está a decorrer o processo de votação.
“O cumprimento escrupuloso da lei é importante, tanto pela Comissão Nacional Eleitoral, como pelos concorrentes e cidadãos eleitores, para que as eleições decorram num clima de paz e tranquilidade”, disse.
Sublinhou que os angolanos têm, com este pleito, a oportunidade de demonstrar a maturidade democrática e a cultura de paz ao mundo inteiro, com base nos princípios cristãos.
Por sua vez, o presidente da União Sudoeste de Angola da Igreja Adventista do 7º Dia, pastor Manuel Filipe, aconselhou os eleitores, sobretudo “os que votam pela primeira vez”, a terem em conta o interesse colectivo, na perspectiva da promoção do bem-estar comum.
“Os eleitores devem, em primeiro lugar, reflectir e ter consciência de que as eleições gerais estão acima de qualquer interesse pessoal, daí a escolha responsável do futuro Presidente da República, do Vice-Presidente dos 220 deputados à Assembleia Nacional”, frisou.
"Nós queremos uma festa da democracia que decorra num clima de paz e harmonia, com base nos princípios bíblicos e no amor ao próximo, principalmente pelo facto de a maioria dos angolanos professar o cristianismo,” disse.
Já o pastor Carlos Chiliva, da primeira Igreja Baptista no Huambo, apelou à união e reconciliação dos angolanos, independentemente dos resultados eleitorais que reflectirem o desejo dos angolanos e, acima de tudo, a vontade de Deus.
Aconselhou, igualmente, as forças de defesa, segurança e ordem interna para uma actuação a base da lei e capaz de garantir a tranquilidade dos membros das mesas de assembleia de voto, dos eleitores e da população em geral.
A província do Huambo tem registado um milhão 103 mil 685 eleitores, distribuídos em mil e 15 assembleias e mil 973 mesas de voto.
Angola realiza esta quarta-feira, 24, as quintas eleições gerais na sua história, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017, sendo que 14 milhões 399 mil eleitores estão habilitados ao voto, dos quais 22 mil 560 na diáspora estão a votar em 12 países.
São concorrentes os partidos políticos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO e a coligação CASA-CE.