Bengo - Líderes de diferentes instituições religiosas na província do Bengo apelaram, esta segunda-feira, aos angolanos para votarem com civismo e responsabilidade nas eleições do dia 24 de Agosto, para a preservação da paz.
Em declarações à ANGOP, no quadro do processo eleitoral, representantes das igrejas Metodista Unida, Católica, Pentecostal e Bom Deus afirmaram a necessidade de os cidadãos primarem por uma conduta positiva, observar a calma e a tolerância.
Segundo o pastor João José, da igreja Pentecostal, a população deve encarar as eleições como uma festa, participando com maior civismo possível e espírito de perdão, sendo que “depois do pleito a vida continua”.
Por sua vez, o metodista Júlio Kibuila referiu que os angolanos devem sentir-se orgulhosos por escolher aquele que vai dirigir os destinos da nação e apelou aos eleitores para participação massiva nas urnas.
Quanto aos partidos políticos, pediu moderação nos discursos e que aceitem os resultados saídos do pleito.
Já Linda de Abraão, igualmente da Igreja Metodista Unida, disse ser preciso rezar e trabalhar para preservar a paz, a unidade e a reconciliação nacional.
O padre da Diocese de Caxito (Paróquia da Sagrada Família), Mário Cherchi, sublinhou ser importante neste período existir respeito entre as pessoas e diferenças, ainda que sejam adversários políticos, pois todos têm direito à palavra e de fazer a sua escolha.
“Se queremos construir uma sociedade verdadeira e justa entre irmãos, devemos ser verdadeiros e respeitar os seus direitos. Para isso, é importante aceitarmos a convivência com gente que pensa diferente,” disse.
O pastor da Igreja Bom Deus, Euclides Pedro, defende mais união entre os angolanos, independentemente do resultado do pleito, por achar que o país possui vários recursos que precisam de ser explorados.
“Cada angolano deve trabalhar e procurar ajudar o país com ideias construtivas para o desenvolvimento e progresso da nação angolana”, referiu.
Os angolanos votam a 24 de Agosto pela quinta vez, devendo eleger o Presidente da República, o vice-presidente e os 220 deputados à Assembleia Nacional.