Luena – Os delegados de lista da APN e FNLA ameaçaram esta terça-feira, no Luena, levar a tribunal os secretários provinciais dessas formações políticas no Moxico , por incumprimento no pagamento dos subsídios referentes ao trabalho efectuado.
As direcções provinciais da APN e da FNLA registam uma forte aglomeração de pessoas que se manifestam contra os incumprimentos nos pagamentos dos subsídios por terem trabalhado como delegedos de lista nas eleições gerais de 24 de Agosto.
Em declarações à ANGOP, José Ribeiro, um dos delegados de lista da APN, disse que trabalharam sem subsídios de alimentação e deslocaram-se à direcção do partido para verem resolvida a situação, mas os dirigentes locais estão incontactáveis.
Meury Kiosa, fiscal da APN, que trabalhou na assembleia de voto 6.937, no bairro Kapango, lamentou o facto deste partido adiar o pagamento dos subsídios e prometeu levar o caso a tribunal caso a situação não se resolva em 48 horas.
Por seu lado, Valdemiro Gabriel, delegado de lista suplente da FNLA, que fiscalizou o pleito na assembleia de voto 550, disse que ele e mais uma dezena de jovens vão formalizar um processo judicial contra o partido, por não serem atendidos há já cinco dias.
“Não há uma informação credível. O secretário desapareceu depois de muitas mentiras. Estão a dizer para comparecer no dia oito ou 15, o que não é justo”, lamentaram Teresa Gomes e Jeremias Jones, fiscais da FNLA, que receberiam 30 mil kwnzas de subsídio cada.
Em resposta, o secretário interino da APN no Moxico, Francisco Malitchi, disse que a situação será resolvida tão-logo o responsável máximo do partido, que se encontra em Luanda a resolver a situação, regresse ao Moxico.
A ANGOP tentou contactar a direcção da FNLA, sem sucesso. As portas da delegação estão encerradas.
De acordo com os resultados definitivos divulgados pela CNE, o MPLA venceu as eleições gerais com 51,17 por cento dos votos, fruto de três milhões 209 mil e 429 votos, confirmando a reeleição do seu candidato, João Lourenço, e conquistando 124 deputados à Assembleia Nacional (AN).
A UNITA, o maior partido na oposição, obteve 43,95 por cento (dois milhões e 756 mil 786 votos), correspondentes a 90 deputados, seguindo-se o PRS, com 1,14% (71.351 votos) e dois parlamentares, a FNLA, 1,06% (66.337 votos) e dois deputados) e o PHA, 1,02% (63 mil 49 votos) e igualmente dois deputados.
A CASA-CE, com 0,76 por cento (47.446 votos), não conseguiu qualquer deputado, tal como a APN, com 0,48 por cento (30,139 votos) e o P-NJANGO com 0,42 por cento (26.867 votos).