Luanda – O segundo dia da campanha eleitoral, que decorre no quadro das eleições gerais de 2022, ficou marcado pela caça ao voto nas comunidades, com os partidos políticos a se desdobrarem em diversas acções de sensibilização dos eleitores.
Apostados na conquista do poder para o período 2022/2027, os partidos políticos foram ao encontro dos eleitores divulgar os seus programas e manifestos eleitorais.
O MPLA, por exemplo, para além de conviver com os idosos em Luanda, aproveitou o dia para encontros com diversas sensibilidades religiosas, do campo, militantes e amigos, reforçando os apelos para o voto consciente, ao civismo e a mobilização geral.
No seu tempo de antena na RNA, o líder do MPLA, João Lourenço, abordou os cinco anos da sua governação, entre 2017 e 2022, tendo sublinhado que, em todas as províncias, milhares de angolanos trabalham para colocar o país no caminho do desenvolvimento.
No seu entender, a tarefa para o futuro que se quer ainda tem o tamanho do país, mas disse ter a certeza que, com mais desenvolvimento, "lá se pode chegar".
Por seu turno, a UNITA, para além de aproveitar os tempos de antena na RNA e na TPA, aproveitou, igualmente, o dia para ir ao encontro dos eleitores para divulgar o seu programa de governação.
A UNITA aproveitou os 10 minutos de tempo de antena na RNA para manifestar o desejo em ver materializado o seu projecto eleitoral, baseado, entre várias reformas, na instauração de um governo inclusivo e participativo.
O seu presidente, Adalberto da Costa Júnior considerou ter chegado o momento de se fazer diferente e melhor, tendo, para o efeito, solicitado "voto massivo" na sua formação partidária.
Já a CASA-CE, com o mesmo propósito, andou em comunidades de algumas províncias para “caçar” os votos necessários que lhe possam garantir a conquista do poder.
O partido liderado por Manuel Fernandes dedicou ainda o seu tempo de antena na RNA a descrever as políticas para a melhoria da situação social da juventude.
Os 10 minutos de antena foram também aproveitados para o secretário-geral da juventude da Coligação, Eduardo Garcia, anunciar que, em caso de vitória nas eleições de 24 de Agosto, a CASA-CE vai disponibilizar um décimo das receitas do petróleo e dos diamantes à educação e ao fomento do emprego.
Já o cabeça-de-lista do Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO), Eduardo Chingunji, apelou ao voto responsável, com paz e harmonia, no dia 24 de Agosto próximo.
Eduardo Chingunji reiterou que o seu partido está a ser preparado há 11 anos, com convicções claras.
Sem fugir aos pronunciamentos do primeiro dia da campanha, o partido Aliança Patriótica Nacional ( APN) voltou a garantir estar "em condições de responder" aos anseios dos angolanos.
Durante o seu tempo de antena na TPA, prometeu, caso vença as eleições, cinco anos de prosperidade, crescimento e desenvolvimento, melhorar o sistema de saúde, educação e a economia do país.
No seu tempo de antena na RNA, o Partido Humanista de Angola (PHA) apontou para a valorização da vida e das condições sociais dos angolanos como mote da sua governação.
O PHA sublinhou que quer ser governo para humanizar Angola e define o humanismo como doutrina que coloca o homem no centro das prioridades da governação, negando a opressão, a subalternização, a exploração e a exclusão social.
Para além da movimentação dos partidos políticos, as comissões provincias eleitorais (CPE) aproveitaram, também, o primeiro dia da semana para a promoção de acções de formação de agentes eleitorais e membros das assembleias de voto.