Huambo – Cidadãos da província do Huambo exortaram as forças políticas concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto corrente a respeitarem, “com civismo e urbanidade”, os resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Abordados pela ANGOP, este sábado, os citadinos foram unânimes em apelar aos concorrentes e seus apoiantes a manterem a calma e a respeitarem a vontade do povo expressa nas urnas.
A estudante universitária Natália Rufino aconselha os partidos concorrentes a aguardar pelos resultados finais com serenidade e tranquilidade, para a preservação da paz e a consolidação da democracia.
Pediu uma postura cívica e patriótica de todos os actores políticos do país e dos seus apoiantes, para não “beliscar a forma ordeira, tranquila e pacífica como os angolanos foram às urnas de voto”.
Já o funcionário público Alfredo Bacia disse que, por ser um processo “sensível” e de elevada importância para a consolidação da democracia e da estabilidade política, seria bom que os cidadãos não se envolvessem em actos que promovam a desordem pública.
Dinis Cavindola, outro funcionário público, elogiou o civismo e respeito demonstrado pelos eleitores nas urnas, principalmente os jovens.
“Por isso, não percebo quando se fala de irregularidades do processo de votação que decorreu tranquilamente”, disse.
Dinis Cavindola augura que, depois da divulgação dos resultados definitivos, todos os angolanos venham a respeitar as suas diferenças, gerindo bem as suas emoções, para que o país volte ao seu ritmo normal.
Por sua vez, o jurista Marcial Miguel entende que os votos publicados pela Comissão Nacional Eleitoral representam a vontade do povo que anseia pela consolidação da democracia e por melhores condições de vida, daí a razão das forças políticas adoptarem uma postura ética nesta fase.
De acordo com os últimos resultados provisórios divulgados CNE, o MPLA lidera com 51,07 por cento dos votos, elegendo 124 deputados, seguido da UNITA, com 44,05% dos votos, o correspondente a 90 assentos no Parlamento, e o PRS, a FNLA e PHA surgem com dois parlamentares cada.
A CASA-CE com 0,75% (46.750) não conseguiu eleger nenhum deputado, tal como a APN com 0,48% (29,740) e o P-NJANGO com 0,42% dos votos (26.268).