Luanda - O candidato da UNITA a Presidente da República, Adalberto Costa Júnior, reafirmou, esta sexta-feira, o projecto de Estado republicano que o seu partido pretende implementar em Angola, nos próximos cinco anos, caso vença as eleições de 24 de Agosto.
Segundo o político, que falava no tempo de antena na Rádio Nacional de Angola (RNA), o foco dessa estrutura política de poder será, especificamente, a Polícia Nacional (PN) e as Forças Armadas Angolanas (FAA).
Referiu que o programa da UNITA prevê responsabilizar os governantes pelos seus actos e "ensinar" o povo a conviver na diferença.
“A UNITA apela à alternância, não para governar os militantes, mas sim para governar o povo angolano”, disse.
Estado republicano é uma forma de governo, ou estrutura política de poder, em que o bem comum está acima de interesses particulares, de classes, grupos, corporações ou famílias.
A perspectiva republicana consta do programa de governo da segunda força política no Parlamento para o período 2022/2027, consubstanciado na implementação de um governo inclusivo e participativo, com acentuada reforma do Estado.
No documento, o partido perspectiva, entre outras políticas, maior qualidade do sistema de educação, da saúde, acesso à habitação e ao emprego, promoção da economia de mercado, erradicação das assimetrias regionais e facilitação de créditos com juro bonficado.
A UNITA é uma das oito concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto. Os outros participantes são o MPLA, PRS, PHA, P-NJANGO, a FNLA, APN e a CASA-CE.
Este será o quinto pleito no país, mas o primeiro em que votarão angolanos residentes na diáspora (22 mil 560 cidadãos).
As eleições anteriores aconteceram em 1992, 2008, 2012 e 2017, todas ganhas pelo MPLA.