Sumbe – A Aliança Patriótica Nacional (APN) pretende alterar a Constituição da República para implementar um sistema político parlamentar presidencial, em caso de vitória nas eleições gerais de 24 de deste mês.
Ao intervir, esta terça-feira, num acto político de massas, na cidade do Sumbe, o primeiro secretário provincial da APN no Cuanza Sul, Vilares Malunga, disse que o seu partido pretende criar um parlamento bicameral e um senado, o primeiro para legislar e o segundo constituído uma reserva moral do Estado para a inclusão social dos cidadãos.
Justificou que a medida, enquadrada no seu programa de Governo, para o quinquénio 2022/2027, visa a separação de poderes a nível do Estado e a consolidação do sistema judicial.
Na ocasião, o político prometeu igualmente a construção de casas gratuitas para os jovens deficientes físicos, combater o analfabetismo, melhorar a distribuição de terras e investir no aumento da produção agrícola.
“Em caso de vitória eleitoral, vamos igualmente promover a meritocracia no seio da juventude e não só, combater a propriedade improdutiva, assim como criar o seguro agrícola privado, de modo a proteger a produção dos agricultores”, acrescentou.
A APN foi fundada em 2015 e apresenta-se como defensora do bem-estar da população angolana, tendo concorrido às eleições de 2017 sem conquistar qualquer assento no Parlamento.
As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participação de angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
Para o pleito de 24 de Agosto estão registados 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 no estrangeiro.
No Cuanza Sul estão inscritos 747 mil e 68 eleitores.
Os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN e P-NJANGO, bem como a coligação CASA-SE concorrem ao pleito eleitoral deste mês.