Lubango - Administradores municipais da Huíla antevêem maior desenvolvimento nas suas circunscrições com a reabilitação das estradas de acesso ao interior da província, anunciada sábado pelo Presidente do MPLA, João Lourenço.
No comício realizado no Lubango, no quadro da campanha eleitoral, o cabeça-de-lista do MPLA disse que faz parte do programa para o próximo mandato, se for reeleito Presidente da República, a continuidade da reabilitação da estrada Caconda/Chipindo, a conservação dos troços Lubango/Matala e Matala/Dongo.
Anunciou ainda retorno das obras paralisadas da via desvio comuna da Huíla/desvio Palanca, assim como a do Dongo/Cuvango e Cuima/Cusse.
Esta prevista igualmente a construção das vias Quipungo/Cuvelai, Matala/Freixiel, bem como intervenção dos troços Caconda/Chicomba/Cuvelai e reabilitação da estrada Chipindo/Cuvango e Cuvango/Cuvelai.
Em declarações à ANGOP, o administrador de Caconda, Nandim Capenda, disse que o seu município tem dois troços citados, sendo o 45 quilómetros entre o Cusse e Cuima (Huambo) e a ligação com o Chipindo, uma zona em que a produção agrícola é elevada.
Referiu que as intervenções vão dar um impulso na agricultura e na economia da região.
"No troço que faz a ligação com o Huambo, Cuima/Cusse, 45 quilómetros, em trânsito consumimos 50 a 60 por cento de tempo de viagem e em termo de extensão deve representar por volta de 20 por cento da extensão do troço", explicou.
Salientou que Canconda está mais próximo da sede provincial do Huambo do que do Lubango, já o troço de Caconda ao Chipindo até a Matala vai abrir portas para fomentar as trocas comerciais.
A administradora de Chicomba, Dina Domingos, frisou que a intervenção dos troços Caconda/Chicomba, como 220 quilómetros, traz esperança, para a comunidade, de resolução de um problema que assola a sociedade.
"Vamos ajudar para que os projectos sejam uma realidade. Estamos prontos para poder auxiliar porque temos a certeza que vai ser uma valia activar o triângulo do milho para alavancar a produção nacional", afirmou.
Fez saber que neste período é possível a reabilitação das vias através do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), com terraplanagem, mas estão receosos por causa das chuvas, pois não é uma solução definitiva e o asfalto vai solucionar a preocupação.
Concorrem ao pleito eleitoral os partidos políticos MPLA, UNITA PRS, FNLA, PRS, APN, PHA, P-NJANGO (estes dois últimos pela primeira vez) e a coligação CASA-CE.
Às urnas são esperados 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residentes no estrangeiro e que votam pela primeira vez. Estas são as quintas eleições na história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.