Menongue - Religiosos da província do Cuando Cubango repudiaram hoje o apelo feito por alguns políticos para a permanência dos eleitores nas assembleias de voto, depois de exercerem o seu direito democrático.
Em declarações à Angop, o padre da Igreja Católica, António Ndumba aconselhou os líderes partidários e os eleitores a manterem a serenidade no dia de voto (24), para o êxito do processo eleitoral
Para o religioso, o apelo a permanência nas assembleias de voto é “uma atitude que incita, por si só, uma desobediência aos princípios eleitorais”.
É de opinião que, depois de cumprir com o dever cívico, o eleitor deve retomar aos seus afazeres diários, porque o processo já conta com a supervisão dos representantes dos partidos políticos em cada mesa de voto.
Considerou que tudo deve ser feito com o objectivo de manter a paz e a reconciliação nacional, independentemente de quem venha a ser o vencedor das eleições de quarta-feira próxima.
Informou que todos os bispos decidiram-se pela realização de uma novena nacional, para que todas as paróquias realizem cultos e orações, durante os nove dias que precedem o pleito eleitoral.
A nível do Cuando Cubango, disse que os fiéis se reúnem para orar a favor das eleições, em todas as paróquias, a partir das 17 horas, desde dia 15 de Agosto até terça-feira próxima, um dia antes do pleito.
Por seu turno, o pastor da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, Júlio Vipanda, aconselhou os partidos a obedecerem a lei, além de ter reprovado, igualmente, a ideia do eleitor permanecer nas assembleia de voto depois de exercer o seu direito.
“Devem retirar-se para permitir que outros cidadãos façam o mesmo, confiando o resto aos membros da CNE”, apelou.
Considerou que o voto é o principal meio pelo qual o povo exerce a sua soberania e poder, uma vez que o habilita a decidir quem quer que sejam os seus governantes.
Solicita a todos que confirmem os seus locais de votação atempadamente, para exercerem o seu direito de cidadania, com respeito e urbanidade.
Os angolanos votam a 24 de Agosto pela quinta vez, para eleger o Presidente da República, o Vice-presidente e os 220 deputados à Assembleia Nacional.
Para este sufrágio, estão registados 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 na diáspora.