Luanda – Com a aprovação da candidatura do MPLA às eleições gerais de 2022, João Lourenço apresenta-se, pela segunda vez, como cabeça-de-lista desse partido.
Eis o perfil do líder do MPLA:
João Manuel Gonçalves Lourenço nasceu a 5 de Março de 1954, na cidade do Lobito, província de Benguela. É filho de Sequeira João Lourenço, enfermeiro, e de Josefa Gonçalves Cipriano Lourenço, costureira, ambos já falecidos.
É casado com Ana Afonso Dias Lourenço e tem seis filhos.
Fez os estudos primário e secundário na província do Bié e na cidade capital, na antiga Escola Industrial de Luanda e no Instituto Industrial de Luanda.
De 1978 a 1982, recebeu, na então União Soviética, formação militar, tendo-se especializado em Artilharia Pesada. Naquele país, obteve o grau académico de mestre em Ciências Históricas. Tem o domínio fluente do inglês, do russo e do espanhol.
Participou, a partir de Agosto de 1974, na Luta de Libertação Nacional, conduzida pelo MPLA, tendo feito a sua primeira instrução político-militar no Centro de Instrução Revolucionária (CIR) “Kalunga”, na República do Congo.
Integrou o primeiro grupo de combatentes do MPLA, que, em 1974, entrou no território nacional, via Miconge, em direcção à cidade de Cabinda.
Nas vésperas da Independência Nacional, participou em combates em Ntó-Iema, em Cabinda, e noutras localidades, contra a invasão do então exército zairense, que pretendia ocupar o território daquela província de Angola.
Exerceu, também, as funções de Comissário Político das então Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), em diversos escalões, incluindo a de comissário político da 2.ª Região Político-Militar de Cabinda.
Durante a década de 80 do século XX, participou em várias operações militares no Centro do país, nomeadamente nas províncias do Cuanza Sul, do Huambo e do Bié.
Em 1983, foi presidente do Conselho Militar Regional da 3.ª Região Político-Militar. Nas FAA, desempenhou, de 1989 a 1990, ainda as funções de chefe da Direcção Política das FAPLA.
Actualmente, é general (na reserva) das FAA.
Integra o Comité Central do MPLA desde 1985, é membro do seu Bureau Político desde 1990 e, na sequência do VII Congresso Ordinário do partido, realizado em 2016, foi eleito vice-presidente.
Já tinha desempenhado as funções de primeiro-secretário do Bureau Político e de secretário do Bureau Político para a Informação e para a Esfera Económica e Social.
No domínio das funções governativas, foi nomeado, em 1983, aos 29 anos, para exercer o cargo de comissário provincial do Moxico, equivalente ao cargo actual de governador provincial. Foi, posteriormente, de 1986 a 1989, comissário provincial de Benguela. Em 2014, por Decreto Presidencial, foi nomeado ministro da Defesa, cargo que exerceu até ao início da campanha eleitoral de 2017.
A nível parlamentar, foi presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, de 1991 a 1998, e, posteriormente, presidente da Comissão Constitucional da Assembleia Nacional, tendo, na mesma instituição, desempenhado as funções de 1.º vice-presidente, de 2003 a 2014.
Tem como passatempo a leitura, o xadrez, a equitação e é um apaixonado pelas novas Tecnologias de Informação.
Candidata a Vice-Presidente da República pelo MPLA
Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa nasceu em Luanda e estudou Biologia na Universidade Agostinho Neto, onde se licenciou em 1985.
Entre 1983-1984, passou pelo Centro de Botânica do Instituto de Investigação Científica em Lisboa, Portugal, e, no seu regresso a Luanda, foi nomeada assistente de Biologia Vegetal na Universidade Agostinho Neto.
Em 1986, tornou-se chefe do Departamento de Biologia.
Entre 1986 e 1990, desenvolveu o Herbário de Luanda e tornou-se a representante de Angola na African Biosciences Network (ABN), depois de participar de uma reunião sua, em Harare, Zimbabwe, sobre gestão florestal.
Em 1990, iniciou um mestrado em Produtividade de Fábrica, na Universidade Técnica de Lisboa. A partir de 1992, trabalhou numa tese sobre Ecologia Vegetal, obtendo o doutoramento pela mesma instituição.
Em 1997, regressou a Angola para ser nomeada professora da Universidade Agostinho Neto, da qual é também directora do herbário. Actualmente, é secretária de Estado das Pescas.