Menongue - O antigo Presidente de Cabo Verde espera que as eleições gerais de 24 Agosto decorram num clima pacífico entre os angolanos, rumo à consolidação da democracia e desenvolvimento do país.
Jorge Carlos Fonseca fez estas declarações à imprensa, na cidade do Menongue, capital do Cuando Cubango, à margem de um encontro de cortesia com o governador local, José Martins, no termo de uma visita de algumas horas àquela província, a convite do grupo empresarial Chicoil.
“Como antigo Chefe de Estado auguro que as eleições gerais em Angola decorram num clima de perfeita normalidade, de acordo com os princípios que regem as democracias modernas, que sejam livres, justas e transparentes, porque é tudo que auguramos”, disse.
Lembrou que as eleições fazem parte do processo democrático, são pluralistas e implicam uma realização periódica e regular, pelo que devem ser aceites como um fenómeno normal, porque constituem um percurso político, onde há avanços e recuos.
O antigo estadista cabo-verdiano procedeu, em Menongue, nomeamente a inauguração do edifício geral provisório do Instituto Politécnico Privado de Menongue (ISPPM), ao lançamento da primeira pedra para a construção do Campus Universitário e orientou uma aula magna na referida instituição de ensino.
Por seu turno, o governador do Cuando Cubango, José Martins, considerou a visita de Jorge Carlos Fonseca, como sinal de boas relações entre os dois povos, acrescentando que a aula magna dirigida aos jovens académicos é crucial, pois são principais partícipes das eleições gerais do dia 24 de Agosto próximo.
O governante afirmou que a juventude deve saber que Angola é um estado democrático de direito e a democracia deve significar para esta camada da sociedade uma convivência ordeira, urbana e obediência das leis.
A nível da província do Cuando Cubango foram criadas 412 assembleias de voto, 662 mesas e estão registados 292 mil e 520 eleitores.
Para as eleições de Agosto estão registados 14 milhões 399 mil de eleitores, dos quais 22 mil 560 na diáspora, distribuídos por 12 países.
Sete partidos políticos e uma coligação de partidos concorrem ao sufrágio de 2022.
Este será o quinto sufrágio em Angola, depois dos de 1992, 2008, 2012 e 2017, todos ganhos pelo MPLA.
Jorge Fonseca deverá regressar a Luanda brevemente à frente de uma delegação de observadores da CPLP.