Windhoek (da enviada especial) – A embaixadora de Angola na Namíbia, Jovelina Imperial da Costa, mostrou-se, esta sexta-feira, confiante na adesão dos angolanos ao pleito eleitoral de 24 de Agosto.
Sublinhou que os angolanos têm manifestado o desejo de votar, pois "é a primeira vez que participam da festa da democracia, a partir do exterior".
“A nossa campanha tem sido sensibilizar, até a exaustão, para que os cidadãos angolanos na Namíbia não percam essa oportunidade”, explicou.
A diplomata informou que a Constituição da República da Namíbia não permite manifestação ou campanha eleitoral de cidadãos estrangeiros em território namibiano.
Salientou ser apenas permitido que cada partido possa, através de encontros restritos ou por meio das redes sociais, sensibilizar os seus militantes para exercerem o direito de voto.
Segundo Jovelina da Costa, a embaixada de Angola na Namíbia, não recebeu nenhuma solicitação de campanha dos partidos políticos concorrentes, reconhecendo que os representantes partidários são pessoas com conhecimento do que não é permitido e que respeitam as leis do país que os acolhe.
Para o processo de votação, estão instaladas "uma assembleia e duas mesas de voto, em Windhoek, uma assembleia com duas mesas, no Rundu, e uma assembleia com uma mesa, em Oshakati”, informou a diplomata.
A Namíbia conta com mais de dois mil cidadãos registados para exercerem o seu direito de voto, a 24 próximo.
“As relações entre Angola e Namíbia são excelentes, a todos os níveis. Temos a garantia de segurança, por parte do Governo namibiano, para que as eleições ocorram sem perturbações”, reconheceu.
Acrescentou que o seu apelo é que não se perca de vista que já se alcançaram duas grandes conquistas, nomeadamente a independência nacional e a paz e a reconciliação nacional para todos os angolanos, sem distinção de raça ou cor partidária.
“O pleito eleitoral é um exercício que se faz para que possamos garantir maior estabilidade, enquanto membros de uma pátria na consolidação da nossa democracia. É preciso também ter-se em conta tudo quanto já se construiu e o que falta fazer”, frisou.
A representante de Angola na Namíbia espera que as eleições decorram em clima de paz, harmonia e tranquilidade, na perspectiva de se preservar as maiores conquistas.
Angola já realizou quatro pleitos eleitorais, em 1992, 2008, 2012 e 2017, todos sem a participação da diáspora.
Este é o quinto sufrágio na história do país, para o qual estão registados 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residentes no estrangeiro.
Para o sufrágio de 24 de Agosto próximo, concorrem sete partidos políticos e uma coligação.