Caála – Os eleitores do município da Caála, província do Huambo, esperam dos partidos concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto programas exequíveis e realistas, baseados na melhoria da qualidade de vida dos angolanos.
Em declarações à ANGOP, a propósito da campanha eleitoral em curso no país, desde o dia 24 de Julho último, eleitores manifestaram o desejo de verem os candidatos a Presidente da República apresentarem programas exequíveis, evitando “iludir o eleitorado com acções impossíveis de executar em cinco anos”.
Afirmaram estarem a seguir com atenção as promessas eleitorais, sobretudo as ligadas ao combate a pobreza, a modernização das infra-estruturas, a justiça social, a economia nacional e a consolidação do Estado de direito democrático.
Fausto Caetano, jurista e funcionário, que espera votar pela terceira vez, defendeu mais divulgação dos programas de governação, para que os eleitores possam conhecê-los e permitir aos eleitores votar em consciência.
Apelou à moderação dos discursos, na perspectiva da preservação da paz e da unidade nacional.
A estudante universitária, Ruth João, espera votar pela primeira vez, de forma tranquila, num programa que melhor sirva os destinos dos angolanos e do país.
Manuel Pedro Diogo, funcionário público e eleitor pela quarta vez, disse que os políticos devem escusar-se de apresentar programas de execução impossível, pois as eleições constituem um exercício de “grande relevância” para a vida dos angolanos.
O padre Albino Capitango, da Congregação Diocesana, disse esperar que as forças políticas sejam os primeiros a contribuir para a preservação da paz, principalmente nesta fase da campanha eleitoral e, posteriormente, aceitarem os resultados eleitorais.
“Esperamos que as eleições decorram num clima de paz e tranquilidade, para que os cidadãos possam ir às urnas sem receio e sem obrigação de votar nesta ou naquela força política”, sublinhou.
Nas últimas eleições gerais, a 23 de Agosto de 2017, o Huambo contou com 763 mil 196 eleitores e duas mil mesas de voto, tendo sido ganhas pelo MPLA, com um total de 347 mil 800 votos, correspondentes a 58,21 por cento, o que permitiu eleger três deputados, dos cinco possíveis, no círculo provincial.
Em todo o país, estão registados 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 na diáspora.
Concorrem às eleições de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN e P-NJANGO e a coligação CASA-CE.