Luanda - O embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, Tulinabo Salama Mushingi, negou, quarta-feira, a existência de interferência do governo do seu país no processo eleitoral angolano.
"O período eleitoral é um assunto dos angolanos", afirmou o diplomata americano, quando questionado sobre uma eventual interferência dos EUA no processo para as eleições gerais em Angola, marcadas para 24 do corrente mês.
Ao falar à margem da cerimónia do quinto aniversário da Câmara de Comércio Americana em Angola (AmCham-Angola), Tulinabo Salama Mushingi acrescentou que cabe às forças concorrentes convencer os eleitores com o melhor programa e não a América.
Quanto às reformas políticas e económicas em curso no país, disse que Angola, por iniciativa própria, já começou o processo, tendo sublinhado o contínuo empenho dos EUA no fortalecemento das relações bilaterais entre os países.
No campo económico, declarou que 15 empresas americanas, cujos sectores não revelou, estão no mercado angolano, seis das quais em operação e as restantes em fase de integração.
O embaixador americano salientou o financiamento da companhia do seu país "Sun África", que já resultou na criação em Angola dos parques de energia solar, localizados na Baía Farta e no Biópio, ambos na província de Benguela.
Sublinhou o lançamento, nos últimos quatro meses, da companhia americana de telecomunicações "Africell", num investimento de cerca de 300 milhões de dólares.
O embaixador Tulinabo Salama Mushingi apontou, igualmente, o lançamento, em Maio transacto, da primeira pedra para a construção da refinaria do Soyo, província do Zaire, um investimento avaliado em 3,5 mil milhões de dólares.