Luanda - O presidente da Associação dos Industriais de Angola (AIA), José Severino, defendeu o aumento dos investimentos em infra-estruturas ao longo do Corredor do Lobito para que este possa tornar-se competitivo ao nível regional.
Em declarações à imprensa, a propósito da visita de 72 horas do Presidente norte-americano, Joe Biden, referiu que há um grande desafio no sentido de acelerar a competitividade do Caminho de Ferro de Benguela, devendo Angola ser pragmática, sem no entanto deixar passar dias para sua efectivação.
Esse investimentos devem ser em observância ao volume de negócios local e estrangeiro a circular pelo Corredor do Lobito.
Para o economista, pode-se esperar também pelos financiamentos dos Estados Unidos da América para construção das infra-estruturas, aquisição de carruagens e todos os meios de comunicação, de modo a ter uma linha férrea moderna, eficiente e sem os percalços que ainda se observa.
Segundo José Severino, é necessário melhorar, casa vez mais, o ambiente de negócio, tornando transparente, eficaz e menos burocratizado.
"É preciso fazer com que as despesas estejam mais orientadas à criação de riquezas, do que a gerar mais despesas. E auguro que os Presidentes americano e angolano possam ter criado ferramentas para que isso aconteça, pois o país precisa crescer a 10 dígitos e os EUA podem ajudar a chegar lá", argumentou.
Por sua vez, o analista político Osvaldo Mboco disse ser fundamental que os empresários angolanos estejam preparados para aproveitar melhor o momento, tendo atenção a presença da delegação empresarial americana no país.
Para Osvaldo Mboco, a realização da Cimeira de Negócios Estados Unidos e África, a decorrer próximo ano, é uma mostra extremamente importante para o país e, conseguirem fazer com que alguns empresários fiquem em Angola, será um indicador mais do que claro que é um bom local para se investir.
A retenção desses investidores no país, sublinhou, dependerá em grande medida do trabalho que as autoridades angolanas desenvolverão.
Já o deputado Nelito Ekuikui disse ser necessário que o Governo saiba explorar esta relação que se está a aprofundar cada vez mais com os Estados Unidos da América.
Para si, não basta o interesse de investir, ambos os Governos têm que saber explorar uma a outra.
"Nenhuma das partes tem que explorar mais em relação a outra, o que significa que temos de estar preparados para explorar o investimento americano a ser feito, bem como estar em condições para oferecermos os serviços", argumentou.
No seu entender, os vários investimentos a serem feito em Angola se bem explorados podem gerar oportunidade aos angolanos, fundamentalmente à juventude e outros segmentos da sociedade.
Essas oportunidades, disse, vão depender em grande da medida da forma como o Governo angolano vai explorar os recursos dos investimentos anunciados pelo estadista americano. MGM/SC