Caála - O coordenador municipal da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) na Caála, (Huambo), Júnior Mussunga, sugeriu hoje, quarta-feira, a realização de mais debates alargados sobre a nova Divisão Política-Administrativa (DPA) do país.
A nova DPA para o país, cuja proposta de lei segue, neste momento, para consulta pública, prevê elevar, a partir de 2024, as actuais 417 comunas orgânicas e distritos de Angola à categoria de município.
Com esta medida, de acordo com o documento, o país passará a contar com 581 municípios, contra os actuais 164.
O dirigente da organização não-governamental angolana expressou essa opinião durante um seminário sobre Formulação de Políticas Públicas e Práticas de Transparência, realizado, pela ADRA, na comuna do Cuima, município da Caála.
Na sua visão, a porposta da nova DPA é positiva, por constituir uma estratégia que poderá contribuir, nos próximos tempos, na concretização dos desafios de aproximação dos serviços administrativos e assistência social junto das populações, com realce para as comunidades ainda não possuem infra-estruturas sociais.
Considerou, entretanto, ser imperioso a realização de mais debates alargados sobre a medida, de modo a permitir o envolvimento de um maior número de munícipes e estudar, criteriosamente, a proposta para que, no momento da sua implementação, possa gerar a eficácia desejada e uma participação mais democrática, visando o fomento do desenvolvimento socioeconómico das comunidades.
Já o administrador adjunto da comuna do Cuima, Aurélio Pacheco, realçou o papel da ADRA, que na sua opinição, tem combinado com os esforços da administração local, na promoção do desenvolvimento socio-económico e melhoramento das condições de vida da população, bem como o incentivo das iniciativas empreendedoras nas comunidades.
Participaram do seminário, que visou analisar os mecanismos de formulação das políticas públicas e práticas de transparência, membros das cooperativas, associações de camponeses, representantes de partidos políticos com assento no parlamento, autoridades tradicionais, religiosas e funcionários da administração comunal do Cuima. LT/VKY/AL