Luanda - O embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, reconheceu, esta quarta-feira, em Luanda, os esforços das autoridades angolanas no combate à corrupção, um dos principais temas do programa do Governo.
Segundo o diplomata, que falava à imprensa no final de uma audiência com a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, esse combate vai ajudar o país a arrecadar receitas que se poderão reflectir, positivamente, na melhoria de vida dos cidadãos.
Do seu ponto de vista, a luta contra a corrupção poderá, igualmente, ajudar Angola a melhorar a sua reputação no mundo e a aumentar a confiança junto de organismos internacionais.
Desde o começo de funções do novo Governo, em 2017, as autoridades políticas e judiciais do país têm vindo a incrementar a sua estratégia contra a corrupção, o que tem resultado na investigação de vários servidores públicos e actores políticos, alguns dos quais já julgados e condenados.
Noutro domínio, o embaixador de Portugal reiterou o compromisso do seu país na atribuição de vacinas aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor Leste, precisamente um milhão de doses, para ajudar na prevenção e combate da Covid-19.
Em relação as trocas comerciais, disse que as empresas portuguesas continuam a operar no país e que os produtos "made in Angola" são comercializados em Portugal, com destaque para a banana e o abacaxi.
Ainda esta quarta-feira, a vice-presidente do MPLA recebeu o embaixador da Argélia em Angola, Abdelhakim Mihoubi , com quem abordou assuntos relacionados com a cooperação entre os dois Estados.
No final da audiência, o diplomata disse que a Argélia pode cooperar com Angola em vários domínios, nomeadamente no económico, cultural e militar, por serem áreas em que, em termos de tecnologia, o seu país está muito avançado.
Segundo o diplomata, o combate cerrado à corrupção, lançado pelo Presidente João Lourenço, vai atrair muitos investidores e trazer desenvolvimento.
Noutros dois encontros, Luísa Damião abordou a questão do impacto da Covid-19, com os promotores de espectáculo da "LS Republicano" e da "CLER Entertainment", que pediram o apoio do Governo para a adopção de medidas que possam evitar o despedimentos em massa na classe artística.
Para o responsável da "LS Republicano", Fernando Republicano, a pandemia reduziu, consideravelmente, o número de espectáculos e baixou a rentabilidade da produtora.
Já Clésio Gomes disse que a "CLER Entertainment" está solidária com a classe, no que concerne a situação da pandemia, que levou a redução de espectáculos.