Luanda - O embaixador da Namíbia em Angola, Patrick Nandago, enalteceu, esta quarta-feira, em Luanda, as qualidades do primeiro Presidente da nação namibiana, Sam Nujoma, falecido no último sábado, por liderar a luta pela libertação daquele país.
O diplomata namibiano, em declarações à imprensa, após assinar o livro de condolências pelo falecimento do africanista, aberto na Embaixada da Namíbia em Angola, reafirmou que foi dado a Nujoma o estatuto de "Pai da Nação " pelos feitos que desenvolveu em prol do bem-estar dos namibianos e não só.
Acrescentou que a “partida” do antigo e primeiro Presidente da Namíbia vai ser sentida por toda região, por fazer parte do estabelecimento da União Africana (UA), na época, e também esteve entre os criadores da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Patrick Nandago considerou Sam Nujoma, falecido aos 95 anos, por doença, peça-chave na criação das relações bilaterais entre aquele país e os outros países vizinhos.
Por isso, conforme o diplomata, a sua figura sempre será enaltecida por ter colocado as bases do processo democrático que vigora na Namíbia.
Sam Nujoma foi activista e líder guerrilheiro, que se tornou no primeiro Presidente democraticamente eleito da Namíbia, depois de o país conquistar a Independência do regime do apartheid da África do sul.
Reverenciado como " Pai da Nação " e ícone da luta de libertação da Namíbia, assumiu a liderança do país em 21 de Março de 1990, e foi, formalmente reconhecido como “Fundador da Namíbia por meio de um acto do Parlamento, em 2005, tendo conduzido o país por 15 anos.
Nascida a 12 de Maio de 1929, no seio de uma família de agricultores, Sam Nujoma era o mais velho de 10 filhos. Cuidava de vacas e cabras, até que, aos 17 anos, deixou a remota aldeia onde vivia para se mudar para a cidade portuária ocidental de Walvis Bay.FMA/ART