Adis Abeba - O embaixador de Angola na Etiópia e representante permanente junto da União Africana (UA), Miguel César Bembe, inteirou-se hoje, quarta-feira, da situação dos 17 cidadãos angolanos encarcerados no estabelecimento prisional de Kality, na cidade de Adis Abeba (Etiópia).
Durante a visita, a primeira de um Chefe de Missão Diplomática acreditado na Etiópia àquela unidade penitenciária, o diplomata dirigiu palavras de encorajamento aos angolanos, num total de oito homens e nove mulheres, presos por envolvimento no tráfico internacional de drogas.
“É importante manter a disciplina, a coragem e a fé no retorno à liberdade, cientes de que a reflexão e o arrependimento evidenciados no período de reclusão contribuirão para uma efectiva reinserção social”, disse.
Miguel Bembe garantiu que a Embaixada de Angola na Etiópia vai continuar a prestar apoio humanitário indispensável aos reclusos angolanos e trabalhar com as autoridades judiciais locais para avaliar a possibilidade de obter o perdão ou a redução de penas, face à debilidade do estado de saúde de alguns dos encarcerados.
O diplomata tomou conhecimento que três (3), dos dezassete (17) reclusos angolanos em Adis Abeba, estão em fase final de cumprimento das penas, pelo que aguardam soltura, provavelmente, em Agosto.
Angola e a Etiópia não possuem acordos de assistência judiciária mútua, o que cria constrangimentos na situação prisional dos angolanos neste país. OHA