Luanda – O embaixador de Angola na Etiópia e representante permanente junto da União Africana (UA), Miguel Bembe, enalteceu esta segunda-feira, em Adis Abeba, os progressos alcançados e os esforços envidados pela Comissão da UA (CUA), no sentido de tornar mais funcional, eficiente e eficaz a organização.
A CUA é o secretariado da união responsável pelas actividades diárias da instituição e tem como principais funções representá-la, defender os seus interesses, gerir o orçamento e recursos, bem como elaborar, promover, coordenar e harmonizar os programas e políticas da UA com os das Comunidades Económicas Regionais, entre outras responsabilidades.
O diplomata falava durante a primeira reunião dos membros da Mesa do Comité dos Representantes Permanentes (COREP) da organização, sublinhando que "não se devem ignorar as preocupações relacionadas com os desafios quase permanentes de ordem política, financeira e administrativa”.
Neste contexto, com vista à melhoria dos métodos de trabalho da União Africana, o diplomata angolano sugeriu o incremento da racionalização das reuniões da organização, a vários níveis, a diminuição dos assuntos propostos nas respectivas agendas e do tempo dedicado à sua discussão.
Durante a sessão, o diplomata agradeceu aos Estados Membros da União Africana em geral e da região Austral, em particular, pelo voto de confiança que conduziu à eleição de Angola à primeira-vice-presidente da Mesa da Conferência da organização continental.
O embaixador apelou aos membros da Mesa para estabelecerem, com o apoio do Secretariado, uma abordagem mais coesa, integrada e determinada, capaz de dar resposta aos seus desafios.
Alertou para a importância de se promover uma sessão de concertação para uniformizar os métodos e para garantir a unidade da Mesa, durante o respectivo mandato, assim como aprimorar a gestão e o cumprimento dos horários nas diferentes reuniões estatutárias da organização.
Sublinhou a necessidade de os Estados Membros respeitarem os prazos estabelecidos para a submissão de contribuições e propostas, e garantir que o Secretariado desempenhe as suas funções nos prazos estabelecidos.
Realçou que se deve assegurar a distribuição da documentação nas seis línguas oficiais da organização (árabe, espanhol, francês, inglês, português, e swahili), com a antecedência adequada, assim como providenciar um serviço de interpretação de qualidade em todas as reuniões da UA. FMA/VIC