Luanda – O Corpo Diplomático acreditado em Angola incentivou esta terça-feira o Governo angolano a prosseguir os seus esforços de pacificação das regiões em conflito, em África, em prol da estabilidade do continente.
O encorajamento consta de uma mensagem lida pela decana do Corpo Diplomático e embaixadora de Marrocos, Saadia El Alaoui, durante a cerimónia de cumprimentos de Ano Novo, no Palácio Presidencial, em Luanda.
Saadia El Alaoui destacou o compromisso do Presidente da República, João Lourenço, com a estabilidade em África.
Realçou que, graças aos seus esforços, Angola "demosntrou, mais uma vez, a sua capacidade de enfrentar vários desafios num ambiente muito complexo".
Para o Corpo Diplomático, Angola tem afirmado o seu compromisso com a estabilidade, em África, "em plena consonância com o papel do Presidente João Lourenço de Campeão da Paz e da Reconciliação Nacional, designado pela União Africana."
Citou os factos que, durante o último ano, marcaram Angola tanto a nível regional, internacional como interno.
Ao longo de 2023, Angola implementou uma intensa agenda diplomática, concretizando relevantes objectivos, através da organização de uma série de reuniões e conferências de alto nível, disse.
A título de exemplo, citou, nomedamente, a cimeira quadripartida sobre os esforços de paz na República Democrática do Congo (RDC) e a reunião de alto nível sobre a situação na República-Centro Africana (RCA).
Em nome dos seus colegas, a diplomata marroquina felicitou o Presidente da República por ter assumido a presidência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Agosto de 2023.
Dinâmica da agenda internancional
Saadia El Alaoui destacou a agenda internacional de Angola, em 2023, que "foi dinâmica e marcada por um conjunto de visitas internacionais, encontros de alto nível e parcerias multisectoriais".
Falou ainda da estratégia de colocação de quadros angolanos em organismos regionais e internacionais.
Em Outubro de 2023, Luanda acolheu a 147ª Assembleia da União Inter-Parlamentar (UIP), contribuindo para a afirmação de uma diplomacia parlamentar dinâmica, lembrou.
Menos de um mês depois, prosseguiu, acolheu a 3ª Bienal de Luanda, reforçando o seu engajamento com a cultura da paz, de segurança, de cidadania africana e da democracia.
Referiu que, no ano de 2023, o mais quente desde o início das análises metereológicas, Angola contribuiu no esforço global para o combate às alterações climáticas e inscreveu os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU entre as suas prioridades.
“Cabe-nos a todos acompanhar Angola no seu sincero comprometimento contra esse desafio que ameaça toda a humanidade, somos todos testemunhas dos progressos realizados por Angola.
"Em particular, os grandes projectos como o Corredor do Lobito, que ao mesmo tempo estimula os fluxos comerciais internacionais", realçou.
Considerou ainda a integração económica africana, contribuindo para a realização dos objectivos da zona de comércio livre continental africana e diversificando as economias dos países envolvidos”.
Enalteceu o novo aeroporto internacional “Dr António Agostinho Neto” que fará de Luanda uma plataforma de ligação nacional, regional e internacional.
De igual forma, referiu que o Governo angolano tem em curso várias acções para diversificação da economia, com destaque para a promoção da producão nacional, o investimento e a criação de empregos, a educação, as infra-estruturas, a luta contra a corrupção, todos eles a favor de um crescimento comum e da prosperidade do povo angolano.
Sendo a inovação o motor do desenvolvimento, saudou a iniciativa da criação do Centro de Ciência de Luanda, que reflecte o empenho de Angola no desenvolvimento científico e tecnológico.
Felicitou as acções e iniciativas da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, a favor da saúde das mulheres e das crianças, em particular os projectos “Nascer livre para brilhar” e “Cuide da sua saúde”.
O ano que acabou, prosseguiu, foi marcado por vários factores perturbadores, além das catástrofes naturais, terramotos, inundações e incêndios, assistimos sobretudo a conflitos armados intensos na Europa e no Médio Oriente, que continuam a causar perdas humanas e materais.
Alertou ser um tempo de desafios a que não será possível dar respostas eficazes sem uma acção concertada a nível internacional.
A esse respeito considerou ser importante unir com urgência os esforços da comunidade internacional para fazer respeitar o direito internacional humanitário e abandonar a lógica do conflito e da violência para fazer prevalecer a paz e a construção de um espaço próspero para todos os povos da região.
Considerou ser necessário estabelecer um cessar-fogo duradouro, garantir a protecção dos civis, permitir a chegada da ajuda humanitária a população e relançar o processo de paz justa e global em conformidade com as resoluções da legalidade e os princípios de direito internacional.
Agradeceu ao povo angolano o "caloroso acolhimento", facto que permitiu, em 2023, ao Corpo Diplomático efectuar visitas a diversas províncias do país.
Prometeu reforçar essa prática, em 2024, com objectivo e aprofundar a cooperação em busca de oportunidades de comércio e investimentos que se reflictam na melhoria da qualidade de vidas das populações.
Agradeceu particularmente ao Presidente da República e à Primeira-Dama por os terem recebido esta terça-feira no Palácio presidencial, desejando, em nome de toda a família diplomática, ao casal presidencial felicidade, saúde, prosperidade e pleno sucesso no desempenho na sua nobre missão ao serviço de Angola e do povo angolano. PA/IZ