Luanda - O chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira, reconheceu quarta-feira, em Brasília, o papel desempenhado pelo Presidente angolano, João Lourenço, como Campeão da União Africana (UA) para a Paz e Reconciliação no continente africano.
O chefe da diplomacia brasileira fez este reconhecimento na cerimónia de abertura da VII reunião da comissão mista Angola-Brasil.
O título foi atribuído pela União Africana (UA) e resulta dos esforços que Angola vem empreendendo, com João Lourenço na liderança da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), na busca da paz, do diálogo e da estabilidade em vários países do continente africano.
De igual modo, Mauro Vieira congratulou-se com o Governo e o povo angolano pela passagem dos 21 anos da paz e reconciliação nacional, assinalados a 4 de Abril corrente.
Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, afirmou que as relações entre Angola e o Brasil baseiam-se numa rica e longa história de amizade e de cooperação, tendo considerado este país como um parceiro estratégico.
Segundo o ministro Téte António, Angola presta uma atenção especial às relações com o Brasil, pois simbolizam um percurso com muitas realizações e um futuro promissor para os dois povos.
Falou da vontade política e do interesse em reforçar a cooperação bilateral em áreas de interesse vital, nomeadamente na agricultura, pescas, agro-indústria, saúde, segurança alimentar, educação, transportes, energia, defesa, águas e saneamento básico, na área financeira, dentre outras.
O ministro Téte António aproveitou igualmente para reiterar as felicitações ao Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pela sua eleição ao cargo, em Outubro último.
Salientou que é chegado o momento de se estabelecer um novo ciclo de cooperação económica e financeira.
Na sequência do pagamento antecipado da dívida para com o Brasil, o governante manifestou o interesse na abertura de novas linhas de crédito, sem a garantia do produto petróleo e que se regem de acordo com as normas e garantias internacionais, para o financiamento de projectos de desenvolvimento em Angola.
Os dois chefes de diplomacias convergiram na necessidade de reforçar a cooperação bilateral, com base nos termos do Programa de Parceria Estratégica, assinado em 2010. SC