Luanda – O representante permanente adjunto de Angola junto das Nações Unidas, embaixador Mateus Luemba, defendeu, segunda-feira (20), maiores esforços de concertação global para se pôr fim aos conflitos em todo o mundo, abordando as suas causas profundas, com investindo na diplomacia preventiva e na mediação.
De acordo com uma nota de imprensa da Misssão Permanete de Angola junto das Nações Unidas a que a ANGOP teve acesso, o diplomata fez estas referências ao intervir no debate aberto do Conselho de Segurança sobre a Manutenção da Paz e Segurança Internacionais, Promover a Paz Sustentável através do Desenvolvimento Comum.
Na ocasião, destacou a necessidade de promoção da agenda de consolidação da paz para ajudar os países a sustentar a paz e alcançar o desenvolvimento inclusivo.
Observou que Angola atribui especial importância à interligação entre a paz, segurança e o desenvolvimento, por essa razão, o país acolhe o Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz em África - Bienal de Luanda, de 22 a 24 de Novembro de 2023, em parceria com a União Africana (UA) e a UNESCO, cujo objectivo é o de promover princípios e práticas democráticas, consolidar um ambiente tolerância política e inclusão no continente visando o desenvolvimento sustentável.
Por outro lado, apontou vários factores como estando na base do desenvolvimento desequilibrado mundial, nomeadamente conflitos, insegurança alimentar, preços elevados da energia e efeitos adversos das alterações climáticas.
De igual modo, ressaltou que os desafios económicos globais, resultantes de pandemias e doenças endémicas, podem desestabilizar ainda mais as economias, especialmente nos países em desenvolvimento.
Mateus Luemba considerou ainda o aumento alarmante da dívida externa no mundo como outro factor que pode diminuir a perspectiva de crescimento económico, aumentar a inflação, criar instabilidade política ou reduzir a confiança nos governos.
Na sua intervenção, salientou que o desenvolvimento comum é uma responsabilidade partilhada e colectiva num mundo cada vez mais interdependente, tendo, por isso, considerado necessário a implementação de algumas acções, em que se destacam a reestruturação do sistema de governação global através de uma reforma abrangente da arquitectura financeira internacional e da tão esperada reforma do Conselho de Segurança, na qual África esteja adequadamente representada em ambas as categorias de membros.
Dentre estas, acrescenta, está também e estabilização dos mercados financeiros internacionais, a promoção do crescimento inclusivo para combater a pobreza e o desemprego, a construção de infra-estruturas melhores e modernas e investir na educação, a aceleração da modernização agrícola e a transformação industrial, contribuindo assim para a paz e a estabilidade dos países a longo prazo. SC