Ondjiva- Sete mil e 840 engenhos explosivos não detonados foram destruídos esta sexta-feira, na localidade de Ondukushu, município do Cuanhama, pelo Centro Nacional de Desminagem (CND), na província do Cunene.
Do material destruído consta 56 minas anti tanque, 18 antipessoal, 41 morteiro de 82 mm, 29 morteiros 60mm, 23 granadas de mão, 13 roquetes de PG7, 10 cunhetas de munições, nove armas diversas, três projéteis de BM 21 e dois de 81 mm e sete mil 636 munições diversas.
Em declaração à Imprensa, o chefe brigada provincial da CND no Cunene, Edsom Pompeu, o material removido fruto da denúncia feita pelos populares em diferentes áreas intervencionada no período de Janeiro a Setembro, a nível dos municípios do Cuanhama, Ombadja e Cuvelai
Disse que a acção operacionais pelo CND e a brigada de desminagem afecta a Polícia de Guarda de Fronteira, a nível do perímetro onde será erguida o centro universitário de Ondjiva, traçado do canal que liga as Mupa /Ondjiva numa extensão de 110 quilómetros, projecto da exploração de petróleo e gás e das estradas dentro deste traçado em curso no Namacunde.
Edson Pompeu disse que a brigada está munida de equipamentos técnicos necessários para o processo de desminagem, mas carece de meios de transporte, sublinhando que actualmente dispõe de duas viaturas operacionais.
Apontou ainda a exiguidade em termo de operadores de desminagem, onde a circunscrição conta com menos de 40 profissionais recrutados em 2007 e 2012.
Enalteceu a colaboração das autoridades locais e comunidades na denúncia pontual de áreas suspeitas com minas, o que deriva das acções de sensibilização sobre perigo com minas.
Por seu turno, a administradora municipal adjunta do Cuanhama, Antonieta Jerson, enalteceu a pronta intervenção das operadoras de desminagem na salvaguarda da vida das comunidades.
Disse que o acto de destruição dos engenhos representa um árduo trabalho que vem garantir a livre circulação de pessoas e bens, cujas zonas limpas vão servir para implementação de diversos projectos.
Dados da Agência Nacional da Acção contra Minas no Cunene (ANAM), indica que a existência de 32 zonas suspeitas de minas, nos municípios do Cuanhama (11), Cahama (10), Cuvelai (seis), Ombadja (quatro) e Curoca (uma), que correspondem uma área total de um milhão, 719 mil e 355 metros quadrados.
Actualmente a província conta com três operadoras de desminagem, concretamente a Brigada das Forças Armadas Angolanas, Polícia de Guarda Fronteira e o Centro Nacional de Desminagem (CND).FI/LHE