Luena - Duzentos 79 mil, 333 metros estão livres de minas, em sete zonas da periferia da cidade do Luena, na província do Moxico, num projecto que contou com o financiamento do Japão.
Enquadrado no programa do país nipónico denominado "Concessão de Assistência a Projectos Comunitário de Segurança Humana", a actividade de desminagem, que começou em Abril de 2022 e terminou em Março do ano em curso, custou aos cofres do Japão 600 mil 976 dólares norte-americanos.
Foram desminados parte da regedoria Canhengue, Mandembwe 1, Vila Luso 1 e 2, Cajamba 1, Lumege Pinto, ponte sobre o rio Lumege e o perímetro no aeroporto do Luena "Comandante Dangereux", onde se removeu e destruiu dois mil 263 engenhos explosivos diversos, mil 653 munições ligeiras, 72 mina anti-pessoal e 13 anti-tanque.
Ao discursar no acto de entrega das zonas desminadas, o director-geral da MAG em Angola, Nelson Veríssimo, disse que a acção de desminagem beneficiou 27 mil 737 habitantes que agora praticam, normalmente, a actividade agrícola.
Por seu turno, o embaixador do Japão em Angola, Suzuki Toru, afirmou que já apoiaram o país, na desminagem, com um valor monetário de 1.6 milhões de dólares norte-americano para o desenvolvimento social, económico e sustentável do nosso país.
Já o vice-governador do Moxico para o sector Político, Económico e Social, Victor da Silva, disse que as pessoas destas comunidades poderão circular livremente, realizarem as suas actividades agrícolas e irem à escola.
Pediu que gestos do género se realizam nesta e outras províncias do país, onde as minas continuam a perigar.
O Governo do Japão apoia vários projectos locais em Angola, nomeadamente o programa de Assistência a Projectos Comunitários (APC) desde 1989 e o de Assistência a Projectos de Organizações Não-Governamentais japonesas.
Desde 1999, o país nipónico apoiou 31 projectos diversos nas comunidades rurais na área de desminagem que ultrapassam 16 milhões de dólares não reembolsáveis.
A MAG, organização não governamental, trabalha em 32 países no mundo na implementação de projectos de desminagem, gestão de stocks e munições. Está em Angola desde 1994.
O país libertou 90 por cento das áreas suspeitas de contaminação por minas, entre 2015 e 2020. As províncias do Moxico, Bié e Cuando Cubango são as que, ainda, apresentam algum perigo de minas, segundo o Centro Nacional de Desminagem (CND). LTY/YD