Quipungo – O estado “precário” de vias de acesso que ligam o município de Quipungo às sedes comunais e o facto de as comunas ainda estarem por se institucionalizar constam dos principais problemas observados na localidade e que geram preocupação aos deputados da 4ª Comissão de Administração do Estado e Poder Local.
A preocupação foi manifestada nesta terça-feira, pelo deputado Américo Chivukuvuku, no final da visita efectuada ao município, que em nome do grupo, referiu que a reparação das vias teria “múltiplos resultados positivos” e gera desenvolvimento.
Referiu que para além do “estado precário” das vias de comunicação que ligam o município às comunas, constitui ainda preocupação a Estrada Nacional 280, nos troços Quipungo, Capunda Cavilongo, até a 105, na ligação com a comuna da Huíla, no município do Lubango.
A par destas preocupações, o deputado avançou terem constatado ainda inquietações relacionadas com a construção de mais escolas, hospitais e necessidade de reforços por via de concurso público de mais professores e técnicos de saúde, para poderem atender a demanda.
“O município tem imensas potencialidades, do ponto de vista da agricultura, pecuária e uma população de 208 mil 820 habitantes, pelo que se impõem das entidades competentes prestarem a atenção devida, para que o lema o mais importante é resolver os problemas do povo seja efectivamente concretizado”, manifestou.
Em relação às comunas, sede, Chicungo, Tchiconco, Hombo e Cainda, que aguardam por reconhecimento oficial, Américo Chivukuvuku, disse terem a informação que o assunto foi colocado aos órgãos competentes e poderão fazer a advocacia para a resolução.
Explicou que a questão principal, o foco dos órgãos da Administração Local do Estado não é elevar novas comunas, mas converter as antigas comunas em administrações municipais.
“É importante que o Quipungo mereça uma atenção particular porque quer em termos de extensão, população, como na capacidade de resolução dos problemas, que mereça uma atenção particular naquilo que é a nova Divisão Político-administrativa (DPA) que permite proximidades e resolução dos problemas do cidadãos”, assinalou.
Destacou “aspectos positivos”, como a execução das obras do PIIM a 78 por cento, desde infra-estruturas como escolas, centros de saúde, de captação de água entre outros para beneficiar milhares de habitantes.
Por sua vez, o administrador do Quipungo, José dos Santos Vital, destacou a necessidade de olhar para tudo o que faz acontecer o potencial agro-pecuário do município, desde a melhoria das condições do efectivo ganadeiro existente, aproveitamento dos rios, recuperação de barragens, entre outras.
Detalhou ainda a necessidade de olharem para a agricultura de regadio, não só de sequeiro, a questão das sementes de horticultura, moto-bombas e outros inputs para fazer acontecer a agro-pecuária, pois esta só existe quando é feita a simbiose vias de acesso, inputs, mecanização e terras aráveis.
Pediu aos deputados que as visitas fossem feitas de forma periódica, pois só assim conseguem mostrar a realidade do município que está aquém daquilo que se deseja para dar dignidade aos munícipes.
No município, os deputados visitaram um centro de saúde, um sistema de água, inseridos no PIIM, as vias que ligam a comuna de Chicungo à sede municipal, uma escola de 12 salas de aula, sistema e captação e distribuição de água, requalificação do campo de futebol e a loja de registos.
Os parlamentares estão de visita à Huíla desde sexta-feira, 02, com a finalidade de verificar o grau de execução dos projectos inscritos no Orçamento Geral do Estado do sector público, enquadradas quer no Programa de Investimentos Públicos, como no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, assim como das estruturas autárquicas.
Para além do Quipungo, o grupo de deputados da 4ª Comissão de Administração do Estado e Poder Local da Assembleia Nacional está repartido em duas equipas, juntamente com os residentes da Huíla que estão a visitar ainda o Lubango, o Chipindo e a Chibia.
O Quipungo dista 120 quilómetros, a Leste da Cidade do Lubango, ocupa uma extensão territorial calculada em cinco mil 675 quilómetros quadrados e tem uma população estimada em 208 mil 820 habitantes. EM/MS
